São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 2006

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Curtas do Brasil estão na disputa

DA REPORTAGEM LOCAL

Os curtas-metragens "O Monstro", de Eduardo Valente, e "Justiça ao Insulto", de Bruno Jorge, são os únicos títulos brasileiros em competição em Cannes.
O carioca Valente faz sua segunda participação no festival. Em 2002, ele disputou a mostra da Cinéfondation (dedicada a estudantes de cinema, na qual está Jorge) com "Um Sol Alaranjado".
Agora, Valente leva à mostra de curtas de cineastas profissionais um filme baseado em conto de Tchecov, em que um pescador se envolve num acidente de trem numa cidade do interior.
"Justiça ao Insulto" é o segundo curta de Jorge, 24, pernambucano radicado em São Paulo, onde o título foi filmado, em 2005.
O filme mostra a insistência de um homem branco, portador de deficiência física, para ser insultado por um negro. Ambos estão numa sala de júri, onde aguardam para assistir ao "show" do dia.
Valente é também crítico de cinema e co-fundador da revista eletrônica "Contracampo". Jorge vive atualmente em Paris, onde estuda direção de documentário.
"Tenho clara a idéia de manter os filmes de ficção com forte influência documental, mesmo ainda acreditando que a linha que determina a diferença entre as duas linguagens seja muito delgada, principalmente com relação ao conceito de "realidade" por elas abordado", afirma Jorge.
O júri que definirá os vencedores das duas disputas é presidido pelo diretor russo Andreï Konchalovsky e conta com Sandrine Bonnaire (atriz), Souleymane Cisse (cineasta), Daniel Brühl (ator) e Zbigniew Presner (compositor).


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