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Curtas do Brasil estão na disputa
DA REPORTAGEM LOCAL
Os curtas-metragens "O Monstro", de Eduardo Valente, e "Justiça ao Insulto", de Bruno Jorge,
são os únicos títulos brasileiros
em competição em Cannes.
O carioca Valente faz sua segunda participação no festival. Em
2002, ele disputou a mostra da Cinéfondation (dedicada a estudantes de cinema, na qual está Jorge)
com "Um Sol Alaranjado".
Agora, Valente leva à mostra de
curtas de cineastas profissionais
um filme baseado em conto de
Tchecov, em que um pescador se
envolve num acidente de trem
numa cidade do interior.
"Justiça ao Insulto" é o segundo
curta de Jorge, 24, pernambucano
radicado em São Paulo, onde o título foi filmado, em 2005.
O filme mostra a insistência de
um homem branco, portador de
deficiência física, para ser insultado por um negro. Ambos estão
numa sala de júri, onde aguardam
para assistir ao "show" do dia.
Valente é também crítico de cinema e co-fundador da revista
eletrônica "Contracampo". Jorge
vive atualmente em Paris, onde
estuda direção de documentário.
"Tenho clara a idéia de manter
os filmes de ficção com forte influência documental, mesmo ainda acreditando que a linha que
determina a diferença entre as
duas linguagens seja muito delgada, principalmente com relação
ao conceito de "realidade" por elas
abordado", afirma Jorge.
O júri que definirá os vencedores das duas disputas é presidido
pelo diretor russo Andreï Konchalovsky e conta com Sandrine
Bonnaire (atriz), Souleymane Cisse (cineasta), Daniel Brühl (ator) e
Zbigniew Presner (compositor).
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