Episódios enfocam antropofagia, mudanças de gênero e busca por beleza

GUSTAVO VILLAS BOAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Se, em tempos de internet, mostrar corpos com as mais estranhas (e, provavelmente, doloridas) modificações parece clichê, falar em antropofagia na América Latina no século 21 é, sem dúvida, surpreendente. Nesses casos, estamos no terreno do "Tabu - América Latina", série de 12 episódios que o NatGeo estreia no domingo e que pretende mostrar "situações extremas", mas, para muita gente, cotidianas, conforme o anúncio do programa.
A cada capítulo, "Tabu" vai focar um tema, misturando o depoimento e as imagens dos praticantes e dos rituais a depoimentos de especialistas. No primeiro, registra-se a história de pessoas que furam-se, cortam-se e colocam implantes para ficar com os corpos modificados. Para promover este episódio inaugural, a NatGeo fez, ontem, em São Paulo, a suspensão por ganchos na pele de um homem que interagia com o público via internet.
Outros temas abordados são as mudanças de gênero, a busca incessante pela beleza (que inclui suplementos químicos e algumas dezenas de plásticas) e a antropofagia. Aqui o caso é ilustrado pela história de casal argentino que opta por fazer o parto em casa e decide se alimentar com a placenta, entre outras histórias.
A série, a primeira 100% feita na América Latina pela National Geographic e toda capturada em alta definição, também vem ao Brasil, para registrar rituais religiosos.