São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 2000


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QUADRINHOS
Cartunista americano pára de desenhar tiras
Dançarina criada por Jules Feiffer abandona os jornais aos 43 anos

SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK

Hoje, a dançarina de Jules Feiffer não vai saudar a chegada do verão nos EUA, como vem fazendo com todas as estações desde 1957. O cartunista resolveu parar de desenhar suas tiras semanais.
Feiffer, 71, o maior desenhista norte-americano vivo (com Will Eisner), criava para jornais como "Los Angeles Times", "The Chicago Tribune" e "The Observer", de Londres. "Cansei", disse ao "The New York Times". "Estou ficando velho."
Não tão velho que deixe de fazer inimigos e influenciar pessoas (e desenhistas) pelo mundo inteiro, com sua crítica social e urbana, ácida e patética ao mesmo tempo, em forma de quadrinhos.
Jules Feiffer pretende continuar escrevendo livros infanto-juvenis ("Enquanto Isso..." foi o último lançado no Brasil, pela Cia. das Letras), peças e desenhando sobre política para o próprio "New York Times" mais as revistas "New Yorker" e "Rolling Stone". E dando aulas na Universidade de Long Island.
O tema: "Humor e Verdade".
Ganhador de um Prêmio Pulitzer por seu trabalho em HQ, Feiffer esteve no Brasil em 1994.
Sua dançarina estreou no semanário nova-iorquino "Village Voice". "Era minha namorada na época", disse. Desde então, mudou de acordo com suas namoradas -e nunca foi inspirada em sua atual mulher, Jenny. Na última tira, publicada no domingo, Feiffer explica à personagem por que desistiu de fazê-la. O quadrinho termina com ela respondendo: "Você é patético".


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