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QUADRINHOS
Cartunista americano pára de desenhar tiras
Dançarina criada por Jules Feiffer abandona os jornais aos 43 anos
SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK
Hoje, a dançarina de Jules Feiffer não vai saudar a chegada do
verão nos EUA, como vem fazendo com todas as estações desde
1957. O cartunista resolveu parar
de desenhar suas tiras semanais.
Feiffer, 71, o maior desenhista
norte-americano vivo (com Will
Eisner), criava para jornais como
"Los Angeles Times", "The Chicago Tribune" e "The Observer", de
Londres. "Cansei", disse ao "The
New York Times". "Estou ficando
velho."
Não tão velho que deixe de fazer
inimigos e influenciar pessoas (e
desenhistas) pelo mundo inteiro,
com sua crítica social e urbana,
ácida e patética ao mesmo tempo,
em forma de quadrinhos.
Jules Feiffer pretende continuar
escrevendo livros infanto-juvenis
("Enquanto Isso..." foi o último
lançado no Brasil, pela Cia. das
Letras), peças e desenhando sobre
política para o próprio "New
York Times" mais as revistas
"New Yorker" e "Rolling Stone".
E dando aulas na Universidade de
Long Island.
O tema: "Humor e Verdade".
Ganhador de um Prêmio Pulitzer por seu trabalho em HQ, Feiffer esteve no Brasil em 1994.
Sua dançarina estreou no semanário nova-iorquino "Village
Voice". "Era minha namorada na
época", disse. Desde então, mudou de acordo com suas namoradas -e nunca foi inspirada em
sua atual mulher, Jenny. Na última tira, publicada no domingo,
Feiffer explica à personagem por
que desistiu de fazê-la. O quadrinho termina com ela respondendo: "Você é patético".
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