São Paulo, segunda, 21 de julho de 1997.



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MÚSICA ERUDITA
O concerto inaugural acontece no dia 31 de agosto
Nova orquestra filarmônica reúne ex-músicos da Osesp

IRINEU FRANCO PERPETUO
especial para a Folha

A Secretaria de Estado da Cultura está criando uma nova orquestra para os músicos que não foram aproveitados pela nova estrutura da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo).
Com direção artística do maestro Fábio Oliveira, vai se chamar Orquestra Filarmônica do Estado de São Paulo e dará seu concerto inaugural no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista localizada no Morumbi, no próximo dia 31 de agosto.
Em entrevista à Folha, Oliveira fez questão de ressaltar que não há nenhuma animosidade em relação ao regente John Neschling, que foi o responsável pelas reformas na Osesp. "Torço muito pelo Neschling", disse.
São 52 os músicos que não foram aprovados ou não se inscreveram no concurso interno que a Osesp realizou em junho -entre os quais há nomes conhecidos, como o violoncelista Watson Clis e o violinista Koiti Watanabe.
Eles se reuniram com Oliveira no último dia em 12 de junho e concordaram em ser a base da Filarmônica. "Pretendo chegar a 65 instrumentistas", disse o regente.
Os músicos manterão seu salário anterior -em média, R$ 1.500- e a carga horária que cumpriam antes -o que significa ensaios matinais diários e concertos semanais.
Sediada no teatro da escola Caetano de Campos, na Aclimação (antiga sede da Osesp), região central de São Paulo, a nova orquestra atuará no âmbito do Programa Cultural do Trabalhador, que é uma colaboração entre a Secretaria da Cultura, sindicatos e centrais sindicais.
"Faremos concertos aos domingos de manhã", disse Oliveira. "Embora eles não tenham finalidade didática, a idéia é contribuir para a formação de novas platéias para a música erudita."
A Filarmônica deve tocar em prédios da secretaria, como a nova sede do Arquivo do Estado e o Museu da Imigração, ambos na capital, e também em parques e outros espaços abertos. "A orquestra será um corpo estável a serviço dos sindicatos", afirmou o regente. "Pretendemos tocar em congressos e eventos sindicais, não importa se na capital ou no interior."



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