|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MÚSICA ERUDITA
O concerto inaugural acontece no dia 31 de agosto
Nova orquestra filarmônica
reúne ex-músicos da Osesp
IRINEU FRANCO PERPETUO
especial para a Folha
A Secretaria de Estado da Cultura está criando uma nova orquestra para os músicos que não foram
aproveitados pela nova estrutura
da Osesp (Orquestra Sinfônica do
Estado de São Paulo).
Com direção artística do maestro
Fábio Oliveira, vai se chamar Orquestra Filarmônica do Estado de
São Paulo e dará seu concerto
inaugural no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista
localizada no Morumbi, no próximo dia 31 de agosto.
Em entrevista à Folha, Oliveira
fez questão de ressaltar que não há
nenhuma animosidade em relação
ao regente John Neschling, que foi
o responsável pelas reformas na
Osesp. "Torço muito pelo Neschling", disse.
São 52 os músicos que não foram
aprovados ou não se inscreveram
no concurso interno que a Osesp
realizou em junho -entre os
quais há nomes conhecidos, como
o violoncelista Watson Clis e o violinista Koiti Watanabe.
Eles se reuniram com Oliveira no
último dia em 12 de junho e concordaram em ser a base da Filarmônica. "Pretendo chegar a 65
instrumentistas", disse o regente.
Os músicos manterão seu salário
anterior -em média, R$ 1.500- e
a carga horária que cumpriam antes -o que significa ensaios matinais diários e concertos semanais.
Sediada no teatro da escola Caetano de Campos, na Aclimação
(antiga sede da Osesp), região central de São Paulo, a nova orquestra
atuará no âmbito do Programa
Cultural do Trabalhador, que é
uma colaboração entre a Secretaria da Cultura, sindicatos e centrais sindicais.
"Faremos concertos aos domingos de manhã", disse Oliveira.
"Embora eles não tenham finalidade didática, a idéia é contribuir
para a formação de novas platéias
para a música erudita."
A Filarmônica deve tocar em
prédios da secretaria, como a nova
sede do Arquivo do Estado e o Museu da Imigração, ambos na capital, e também em parques e outros
espaços abertos. "A orquestra será um corpo estável a serviço dos
sindicatos", afirmou o regente.
"Pretendemos tocar em congressos e eventos sindicais, não importa se na capital ou no interior."
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|