São Paulo, sábado, 21 de julho de 2001

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ERUDITO

Regente indiano e Filarmônica de Israel fazem concertos em SP e no Rio, a partir do dia 5, desta vez em salas fechadas

Zubin Mehta volta com saudades do parque

IRINEU FRANCO PERPETUO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O regente indiano Zubin Mehta e sua orquestra, a Filarmônica de Israel, fazem mais uma turnê brasileira, mas, desta vez, sem as apresentações no parque.
"Sentimos por isso. A gente faz tão poucos concertos ao ar livre que acaba sentindo falta", afirmou Mehta, 65, por telefone, à Folha, de Tel Aviv.
Dentro da série de assinaturas do Cultura Artística, a Filarmônica de Israel toca na Sala São Paulo dias 5 e 6, apresentando-se, no dia seguinte, no Municipal do Rio.
Tendo em seu currículo os cargos de diretor musical da Sinfônica de Montreal e das filarmônicas de Los Angeles e Nova York, Mehta virou celebridade ao reger os concertos dos Três Tenores nas Copas do Mundo de 1990 e 1994. Hoje, divide seu tempo entre a Filarmônica de Israel, da qual é diretor musical vitalício, a Bayerische Staatsoper, de Munique (Alemanha), e o Maggio Musicale Fiorentino, de Florença (Itália).

Folha - A Filarmônica de Israel se parece mais com uma orquestra americana ou européia ?
Zubin Mehta -
É meio uma mistura, porque temos muitos russos na orquestra, o que fez a virtuosidade aumentar bastante. Mas não diria que é no nível americano, pois há muitos músicos de câmera em nossa orquestra, e essa é uma tradição européia.

Folha - E a gestão ?
Mehta -
É 100% cooperativa, o que a faz única. Os membros são donos da orquestra. Eles elegem três músicos para a direção a cada dois anos, temos um secretário-geral e, comigo, o diretor musical, são decididos os programas. A desvantagem são os problemas financeiros, pois musicistas não são captadores de recursos.

Folha - O sr. ainda tem objetivos com a orquestra?
Mehta -
Ah, sim. Não em termos de repertório, que já é grande, mas há muitos lugares do mundo em que ainda não tocamos, especialmente no Oriente Médio.

FILARMÔNICA DE ISRAEL (Zubin Mehta, regente). Quando: dias 5 e 6, às 21h. Onde: Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, s/nš, tel. 0/xx/11/3337-5414). Quanto: de R$ 100 a R$ 220. Quando: dia 7, às 20h30. Onde: Teatro Municipal do Rio (pça. Floriano, s/nš, tel. 0/xx/21/262-3501). Quanto: de R$ 50 a R$ 1.500.



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