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Entrevista
Abujamra provoca autores de novelas
DA REPORTAGEM LOCAL
"Público de novela é o seguinte: não tem outra coisa a fazer além de sentar em frente à
TV e assistir àquilo todo dia. É
um divertimento muito importante." A declaração de Silvio
de Abreu a Antonio Abujamra
abre o "Provocações" deste domingo e ilustra o status que esse gênero teledramatúrgico alcançou no Brasil.
O posto de entretenimento
número um das massas não
veio sem um custo: a imposição
de amarras criativas pelos
(maus) humores da audiência.
No entanto, o autor de "Belíssima" diz que é possível fugir de
fórmulas batidas sem melindrar o público. No que é endossado por Maria Adelaide Amaral, que assinou "JK". "A Muralha" (2000) [minissérie escrita por ela] provou que você não
precisa só oferecer droga ao espectador. Ele está aberto à cultura, à inteligência. Fiz sem a
menor concessão."
Não foi o que aconteceu na
novela "Torre de Babel" (1998),
como conta Alcides Nogueira,
que colaborou na trama de
Abreu. "Houve uma reação forte depois que um jornal publicou que a personagem de Glória Menezes viraria lésbica.
Com Glória, não se mexe."
O "termômetro popular" jamais deixou Carlos Lombardi,
de "Kubanakan", em maus lençóis. "Nunca senti distância entre o que gosto e o que sou obrigado a escrever."
(LUCAS NEVES)
PROVOCAÇÕES - AUTORES DE TELENOVELAS
Quando: dom., às 23h
Onde: TV Cultura
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