São Paulo, sexta-feira, 21 de julho de 2006

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Entrevista

Abujamra provoca autores de novelas

DA REPORTAGEM LOCAL

"Público de novela é o seguinte: não tem outra coisa a fazer além de sentar em frente à TV e assistir àquilo todo dia. É um divertimento muito importante." A declaração de Silvio de Abreu a Antonio Abujamra abre o "Provocações" deste domingo e ilustra o status que esse gênero teledramatúrgico alcançou no Brasil.
O posto de entretenimento número um das massas não veio sem um custo: a imposição de amarras criativas pelos (maus) humores da audiência.
No entanto, o autor de "Belíssima" diz que é possível fugir de fórmulas batidas sem melindrar o público. No que é endossado por Maria Adelaide Amaral, que assinou "JK". "A Muralha" (2000) [minissérie escrita por ela] provou que você não precisa só oferecer droga ao espectador. Ele está aberto à cultura, à inteligência. Fiz sem a menor concessão."
Não foi o que aconteceu na novela "Torre de Babel" (1998), como conta Alcides Nogueira, que colaborou na trama de Abreu. "Houve uma reação forte depois que um jornal publicou que a personagem de Glória Menezes viraria lésbica. Com Glória, não se mexe."
O "termômetro popular" jamais deixou Carlos Lombardi, de "Kubanakan", em maus lençóis. "Nunca senti distância entre o que gosto e o que sou obrigado a escrever." (LUCAS NEVES)

PROVOCAÇÕES - AUTORES DE TELENOVELAS
Quando:
dom., às 23h
Onde: TV Cultura


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