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FILMES E TV PAGA
TV ABERTA
Elenco é o essencial no sobrenatural "Possuídos"
Sem Justiça
Record, 23h.
(Justice). EUA, 1998, 102 min. Direção:
Jack Ersgard. Com Charles Durning,
Tracey Needham. Depois que uma
promotora consegue prisão perpétua
para colombiano traficante, assassino e
tudo mais, seus asseclas põem-se a
eliminar amigos dela. Sem justiça e
também sem talento.
Corações Roubados
Globo, 23h15.
(Two if by Sea). EUA, 1996, 100 min.
Direção: Bill Bennett. Com Sandra
Bullock, Denis Leary. Golpista (Leary)
rouba um valioso Matisse com a ajuda da
namorada (Bullock). Depois, partem para
casa à beira-mar à espera do comprador
do quadro. Enquanto isso, o FBI trabalha.
Tentativa de misturar comédia de
aventuras e comédia romântica.
Segundo referências, bela roubada.
Possuídos
SBT, 0h30.
(Fallen). EUA, 1998, 124 min. Direção:
Gregory Hoblit. Com Denzel
Washington, John Goodman. Dupla de
policiais que anos atrás mandou para a
cadeira elétrica um terrível "serial killer"
depara-se com crimes do mesmo estilo.
Pior, constata que poderiam ter origem
sobrenatural. Uma professora de
teologia tentará ajudá-los a resolver o
caso. O essencial é o elenco, neste filme
escrito e produzido por Nicholas, filho de
Elia Kazan.
Nenhum Álibi
SBT, 3h.
(No Alibi). EUA, 1999. Direção: Bruce
Pittman. Com Dean Cain, Lexa Doig. A
fim de pagar as dívidas que tinha com
um criminoso, moça aproxima-se de
homem de negócios, pressiona-o, faz
chantagens e finalmente o mata.
Problema: a essas alturas a moça estava
apaixonada pelo irmão do finado.
O Boneco de Neve Mágico
SBT, 4h40.
(The Magic Snowman). EUA/Iugoslávia,
1987, 86 min. Direção: C. Stanner. Com
Justin Fried, Dragana Marjanovic.
Boneco de neve conversa com dois
garotos. Ele dá lições de honestidade,
amizade e confiança às crianças da
redondeza. Blablablá para adultos, vale
como lição involuntária à molecada. Só
para São Paulo.
(IA)
TV PAGA
Quando o cinema deixa o suor escorrer pela tela
PAULO SANTOS LIMA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Logo no ínicio de "Harper, o
Caçador de Aventuras", Paul
Newman acorda, trôpego, e tem
pela manhã uma brutal descoberta: usou o último filtro de café na
véspera. O que fazer agora? Ora,
simples: resgatá-lo do lixo. Veja
bem, estamos falando de Newman, o rebelde boa-pinta, tomando um "chafé" em meio à bagunça da pia, não muito pior que o
caos do apartamento.
Se isso parece espantoso quando pensamos em Newman, não é
nem um pouco bizarro para um
filme de 1966. A revolução que os
cinemas de Fuller, Kazan e Ray
lançaram na década de 50, trocando o glamour dos galãs empetecados pela presença epidérmica na
tela (de Brando a Dean), era levada a cabo nos anos 60. E suor, rugas, violência, sujeira e cabelos
desgrenhados traduziam um
pouco esse novo cinema.
Newman era uma peça de transição entre esses dois mundos,
ator amparado no bom-mocismo
mas sem, com isso, tirar o pé do
mundo cão. Lew, o detetive malandro de "Harper", abraça com
honra essa ambigüidade.
Steve McQueen era um homem
menos ambíguo na relação com o
cinema. Ele havia assumido um
estilo bem casado com esse cinema mais bruto, de homens duros,
cafas, suados, enrugados, descabelados. Fez mais que isso: seqüestrou um gosto pessoal (por
máquinas) para a ficção. Em "Fugindo do Inferno", foi ele quem
sugeriu as seqüências de fuga com
uma motocicleta nazi.
McQueen era mais, digamos,
visceral que Newman: um mulherengo, ao passo que Paul cumpriu
fidelidade a Joanne Woodward.
Se isso serve de termomêtro (quase certo que não), o fato é que algo
da vida pessoal de ambos vazou e
fez a diferença em seus filmes.
FUGINDO INFERNO. Quando: hoje, às
21h, no Telecine Classic. HARPER, O
CAÇADOR DE AVENTURAS. Quando:
hoje, à 1h45, no Max Prime.
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