São Paulo, sábado, 21 de agosto de 2004

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FILMES E TV PAGA

TV ABERTA

Elenco é o essencial no sobrenatural "Possuídos"

Sem Justiça
Record, 23h.

(Justice). EUA, 1998, 102 min. Direção: Jack Ersgard. Com Charles Durning, Tracey Needham. Depois que uma promotora consegue prisão perpétua para colombiano traficante, assassino e tudo mais, seus asseclas põem-se a eliminar amigos dela. Sem justiça e também sem talento.

Corações Roubados
Globo, 23h15.
 
(Two if by Sea). EUA, 1996, 100 min. Direção: Bill Bennett. Com Sandra Bullock, Denis Leary. Golpista (Leary) rouba um valioso Matisse com a ajuda da namorada (Bullock). Depois, partem para casa à beira-mar à espera do comprador do quadro. Enquanto isso, o FBI trabalha. Tentativa de misturar comédia de aventuras e comédia romântica. Segundo referências, bela roubada.

Possuídos
SBT, 0h30.
  
(Fallen). EUA, 1998, 124 min. Direção: Gregory Hoblit. Com Denzel Washington, John Goodman. Dupla de policiais que anos atrás mandou para a cadeira elétrica um terrível "serial killer" depara-se com crimes do mesmo estilo. Pior, constata que poderiam ter origem sobrenatural. Uma professora de teologia tentará ajudá-los a resolver o caso. O essencial é o elenco, neste filme escrito e produzido por Nicholas, filho de Elia Kazan.

Nenhum Álibi
SBT, 3h.
 
(No Alibi). EUA, 1999. Direção: Bruce Pittman. Com Dean Cain, Lexa Doig. A fim de pagar as dívidas que tinha com um criminoso, moça aproxima-se de homem de negócios, pressiona-o, faz chantagens e finalmente o mata. Problema: a essas alturas a moça estava apaixonada pelo irmão do finado.

O Boneco de Neve Mágico
SBT, 4h40.
 
(The Magic Snowman). EUA/Iugoslávia, 1987, 86 min. Direção: C. Stanner. Com Justin Fried, Dragana Marjanovic. Boneco de neve conversa com dois garotos. Ele dá lições de honestidade, amizade e confiança às crianças da redondeza. Blablablá para adultos, vale como lição involuntária à molecada. Só para São Paulo. (IA)

TV PAGA

Quando o cinema deixa o suor escorrer pela tela

PAULO SANTOS LIMA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Logo no ínicio de "Harper, o Caçador de Aventuras", Paul Newman acorda, trôpego, e tem pela manhã uma brutal descoberta: usou o último filtro de café na véspera. O que fazer agora? Ora, simples: resgatá-lo do lixo. Veja bem, estamos falando de Newman, o rebelde boa-pinta, tomando um "chafé" em meio à bagunça da pia, não muito pior que o caos do apartamento.
Se isso parece espantoso quando pensamos em Newman, não é nem um pouco bizarro para um filme de 1966. A revolução que os cinemas de Fuller, Kazan e Ray lançaram na década de 50, trocando o glamour dos galãs empetecados pela presença epidérmica na tela (de Brando a Dean), era levada a cabo nos anos 60. E suor, rugas, violência, sujeira e cabelos desgrenhados traduziam um pouco esse novo cinema.
Newman era uma peça de transição entre esses dois mundos, ator amparado no bom-mocismo mas sem, com isso, tirar o pé do mundo cão. Lew, o detetive malandro de "Harper", abraça com honra essa ambigüidade.
Steve McQueen era um homem menos ambíguo na relação com o cinema. Ele havia assumido um estilo bem casado com esse cinema mais bruto, de homens duros, cafas, suados, enrugados, descabelados. Fez mais que isso: seqüestrou um gosto pessoal (por máquinas) para a ficção. Em "Fugindo do Inferno", foi ele quem sugeriu as seqüências de fuga com uma motocicleta nazi.
McQueen era mais, digamos, visceral que Newman: um mulherengo, ao passo que Paul cumpriu fidelidade a Joanne Woodward. Se isso serve de termomêtro (quase certo que não), o fato é que algo da vida pessoal de ambos vazou e fez a diferença em seus filmes.


FUGINDO INFERNO. Quando: hoje, às 21h, no Telecine Classic. HARPER, O CAÇADOR DE AVENTURAS. Quando: hoje, à 1h45, no Max Prime.


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