São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2008

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VINHO

Bonarda vai para o time dos tintos finos argentinos

JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

A uva bonarda tem forte presença na Argentina. É uma das mais cultivadas lá, perdendo apenas para a malbec, símbolo daquelas bandas. Seu nome evoca variedades do norte da Itália, mas a versão platina não tem muito a ver com o país europeu. Estudos recentes a identificaram como a corbeau, cepa do sul da França.
Seja qual for o seu berço, sempre ficou ligada a vinhos comuns, aos quais aportava cor e estrutura. Poucos anos atrás, porém, algumas adegas descobriram que, se cultivada e vinificada com carinho, dá origem a vinhos frutados, encorpados e macios, até com melhor textura que a de um cabernet. Foi aí que essa espécie de patinho feio etílico entrou para o time dos tintos finos do país.
Por aqui, há cada vez mais goles de bonarda que valem a pena conferir. Um deles é o Trapiche Broquel 2005, um vinho envelhecido em carvalho francês e americano, redondo, marcado por ameixas e leves tons tostados (87/100, R$ 31,20 na Interfood, tel. 0/xx/11/ 2602-7261).
Bom também o Sur de los Andes 2007, de aroma e sabor atraentes (framboesa, baunilha) e persistentes (88/100, R$ 32, na Grand Cru, tel. 0/xx/11/3062-6388). Melhor ainda o La Posta 2006, elaborado com uvas de vinhedos de mais de 40 anos de idade, rico (geléias, frutas vermelhas), denso e com final longo (89/100, R$ 34,38, na Vinci, tel. 0/xx/11/2797-0000).


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