São Paulo, sexta, 21 de agosto de 1998

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MUNDO DE BACO
Borbulhas da Jacquart

JORGE CARRARA
Colunista da Folha

A estréia dos champanhes da Jacquart, que acabaram de desembarcar no Brasil, adiciona novas borbulhas ao elenco disponível no país destes deliciosos espumantes elaborados na região de Champanhe, no nordeste da França.
Cerca de mil hectares de vinhedos próprios (a firma é a sexta maior do lugar nesse quesito), localizados na Côte de Blancs, Vallée de la Marne e Montagne de Reims -as três áreas mais importantes para o cultivo de uvas na Champanhe-, nutrem os vinhos da Jacquart.
A marca nasceu em 1962. Na realidade, os vinhos por trás do rótulo são elaborados por uma das cooperativas da região, a Coopérative Regionale des Vins de Champagne.
Diferentemente de outras, dedicadas a produzir champanhes com o nome dos compradores, em geral cadeias de supermercados ou lojas, a cooperativa decidiu lançar a sua própria marca. Desde então, os champanhes que levam a etiqueta Jacquart (hoje praticamente toda a produção da casa) têm ganho espaço ano após ano no mercado internacional.
A primeira leva a chegar à cidade está integrada por três Bruts (secos): o Tradition, o Rosé Mosaique safra 90 e o La Cuvée Nominée 88, top da maison.
O Tradition é um champanhe elaborado com uvas Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier (as três únicas variedades permitidas para o champanhe) colhidas em cerca de 25 diferentes "crus" da região. Ele é um vinho que agrada pelo perfume frutado, marcado por maçã verde e um toque cítrico, seu paladar nervoso, fresco e alegre, também dominado pela fruta, e seu preço (em oferta) imbatível.
De cor cobre claro, o Rosé, também corte de uvas Pinot Noir (50%), Chardonnay (35%) e Pinot Meunier (15%), tem aroma vinoso de boa intensidade, bem influenciado pela Pinot Noir, paladar com textura fina e bom corpo, que começa com leve sabor de mel e finaliza com fruta e suaves toques de torrefação que lembram café.
Mais encorpado, com bela estrutura, o Cuvée Nominée (um "blend" de 60% de uvas Chardonnay e 40% de Pinot Noir) é o destaque do trio. Bolhas finas e persistentes dão ao paladar do carro-chefe da Jacquart uma bela cremosidade que sustenta um sabor frutado atraente, finalizado por aquele torradinho saboroso, bem típico destes incomparáveis vinhos gauleses.



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