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VARIEDADES
Especial celebra a caneta mais vendida
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Poucos objetos conseguem ser
tão importantes e ao mesmo tempo tão desimportantes quanto
uma caneta Bic Cristal, tema deste
documentário de amanhã no
STV, à meia-noite.
Tente se lembrar de quantas delas você viu terminar. E de quantas vezes precisou dela, quantas
vezes lhe furtaram uma delas e
você nem ligou. Em Redações de
jornal ocorre muito, e ainda não
há um histórico de punições para
essas subtrações. Ótimo, pois nenhum repórter sairia impune.
Um documentário sobre essa
ferramenta acaba se tornando curioso, embora este especial francês, produzido pela Arte France/
Lapsus, tenha 26 minutos de muita proposta. Nenhuma narração,
apenas legendas e samples de locuções da época.
O momento é 1950, quando o
francês Marcel Bich põe no mercado uma visão muito mais acessível de escrita -canetas até então eram objetos de luxo. A França reconstruída demandava objetos práticos, e o produto revolucionou a escrita à mão com seu
traço firme, baseado numa esfera
enfiada numa cabeça de latão.
A partir daí, o programa destrincha fatos da caneta, como seu
design inovador -aquela transparência que só recentemente os
eletroeletrônicos adotaram, a
tampinha, que tem as funções de
pendurar a bichinha no bolso e
nos ajudar a superar uma segunda fase oral, e o formato hexagonal, que dá mais firmeza à empunhadura. E claro, a zarabatana
ideal para a volta às aulas.
E aí virou essa coqueluche que
ninguém dá bola. A caneta mais
vendida e perdida no mundo
-sim, o documentário faz graça
disso- é mesmo feita para durar.
Um "case" de design e publicidade que as crianças adoram estourar dentro dos bolsos.
Marcel Bich, enfim, produziu, a
partir da patente de Laszlo Biro,
um invento genial e um transtorno. Vale os 26 minutos e tentar
não perder.
Visões do Mundo - Esferográfica Bic Cristal
Quando: amanhã, à 0h, e dia 25 (terça),
às 20h30, na STV
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