São Paulo, sexta-feira, 21 de outubro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CRÍTICA

Animação tem humor gótico típico do diretor

DA REPORTAGEM LOCAL

O espectador familiarizado com a obra de Tim Burton vai se sentir em casa: "A Noiva-Cadáver" é, indiscutivelmente, um filme com o selo Burton de bem-humorada (e bizarra) qualidade gótica.
Além da equipe cheia de seus costumeiros parceiros, a animação em stop-motion -tecnicamente impecável, com bonecos de última geração, extremamente expressivos- tem o tradicional carinho que Burton dedica aos personagens estranhos e párias, bem como a visão crítica e o humor com que vê a sociedade "normal".
A história se passa na Europa vitoriana, onde Victor van Dort tem um casamento arranjado por seus pais, novos-ricos sem um sobrenome de peso, com Victoria Everglot, de tradicional (porém falida) família. Incapaz de decorar seus votos matrimoniais, ele ensaia numa floresta e acaba acidentalmente se comprometendo com a noiva-cadáver.
A personagem-título e seu mundo dos mortos entram em cena cheios de cor e animação, contrastando intencionalmente com o aborrecido tom cinzento dos vivos. Boa parte do humor vem dos cadáveres, que remetem a personagens clássicos, e das piadas de duplo sentido, algumas intraduzíveis.
Além das referências a outras obras -de "A Noiva de Frankestein" a "Pinóquio", passando por "... E o Vento Levou"-, os fãs vão reconhecer o Burton de filmes como "Os Fantasmas se Divertem" (88) e, é claro, de "O Estranho Mundo de Jack" (93). (MAC)


A Noiva-Cadáver
Corpse Bride
    
Direção: Tim Burton e Mike Johnson
Produção: Inglaterra, 2005
Com: Johnny Depp, Helena Bonham Carter (versão legendada)
Quando: a partir de hoje nos cines Bristol, Interlagos, Lapa e circuito


Texto Anterior: Animação: Burton volta aos clássicos em "A Noiva-Cadáver"
Próximo Texto: Panorâmica - Música: Padovani é a melhor cantora do Visa
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.