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OUTROS LANÇAMENTOS
Lenny Kravitz abre o baú
Greatest Hits
Artista: Lenny Kravitz
Lançamento: Virgin
Quanto: R$ 20, em média
Jimi Hendrix recebe Marvin Gaye e
Beatles para jantar. Estamos no
território de Lenny Kravitz, que
promove o inusitado convescote há
uma década, resumida agora em seu
"Greatest Hits", coletânea que
repassa a carreira do cantor e
compositor.
À sonoridade pouco inovadora de
seus frutos em seara rock'n'roll (com
exceção da bela canção "Believe"),
sobrepõem-se, compensatoria-mente, letras causticamente
divertidas como a anti-racista "Mr.
Cab Driver" -de seu disco de
estréia, "Let Love Rule" (89)- ou a
irônica "Rock and Roll Is Dead", do
álbum "Circus" (95).
No meio dessa compilação, ainda
consta uma canção inédita,
oportunamente intitulada "Again"
(Novamente), já que incorre no estilo
das outras composições roqueiras do
músico, não exatamente inovadoras.
Prevalece a habilidade de Kravitz
para construir ou interpretar baladas
de tonalidade soul, como "It Ain"t
Over "til It"s Over" e "Heaven Help".
(DM)
RAIO X
Histórico: Nascido em Nova
York, Leonard Albert Kravitz,
36, foi colega de classe de Slash
na Beverly Hills High School, em
Los Angeles, e produziu, em 90,
"Justify My Love", interpretada
por Madonna. De Jimi Hendrix,
uma de suas confessas influências, diz ter aprendido "como
misturar rock e blues" em suas
canções.
Discografia: "Let Love Rule"
(89); "Mama Said" (91); "Are
You Gonna Go My Way" (93);
"Circus" (95); "5" (98); "Greatest
Hits" (2000)
The Days of Our Nights
Grupo: Luna
Lançamento: Trama
Quanto: R$ 20, em média
Lou Reed passou por aqui há uma
semana, mas quem ficou com sua
voz monocórdica na cabeça, a
celebrar a noite, seus personagens e
vícios, pode matar as saudades
ouvindo o novo CD do Luna. Herdeira
do pop underground dos anos 60
(leia-se Velvet Underground), a
banda norte-americana não repete
aqui seu melhor trabalho
("Penthouse", 95), mas mostra-se fiel
ao seu estilo, de melodias simples,
letras melancólicas e a interpretação
mansa de Dean Wareheam. O CD tem
belos arranjos de cordas
("Superfreaky Memories"), faixas de
refrões fáceis ("Four Thousand Days")
e uma versão mais lenta para "Sweet
Child O'Mine" (Guns and
Roses).
(SYLVIA COLOMBO)
Free Bossa
Grupo: Nouvelle
Lançamento: YBrazil?
Quanto: R$ 20, em média
"Free Bossa" aponta uma virada na
trajetória do grupo cool-chique
Nouvelle Cuisine, agora rebatizado
Nouvelle. Os vocais precisos e
tortuosos de Carlos Fernando saíram
de cena, e quem canta agora é Estela
Cassilatti. Grande e discreta
intérprete, ela recoloca o Nouvelle
em seu posto de direito: o de grupo
macio, que quer utilizar arranjos e
instrumentais milimétricos para soar
não mais que despojado. O ganho é
marcante, e Estela passeia
gostosamente por variáveis tão
amplas quanto o soul clássico de Otis
Redding em "(Sitting on) The Dock of
the Bay", a MPB clássica de Caymmi
em "Quem Vem pra Beira do Mar" ou
a modernidade bem-humorada de
Apollo 9 em "Sair do Ar". Gol.
(PAS)
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