São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 2000

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OUTROS LANÇAMENTOS

Lenny Kravitz abre o baú

Greatest Hits
    Artista: Lenny Kravitz
Lançamento: Virgin
Quanto: R$ 20, em média Jimi Hendrix recebe Marvin Gaye e Beatles para jantar. Estamos no território de Lenny Kravitz, que promove o inusitado convescote há uma década, resumida agora em seu "Greatest Hits", coletânea que repassa a carreira do cantor e compositor.
À sonoridade pouco inovadora de seus frutos em seara rock'n'roll (com exceção da bela canção "Believe"), sobrepõem-se, compensatoria-mente, letras causticamente divertidas como a anti-racista "Mr. Cab Driver" -de seu disco de estréia, "Let Love Rule" (89)- ou a irônica "Rock and Roll Is Dead", do álbum "Circus" (95).
No meio dessa compilação, ainda consta uma canção inédita, oportunamente intitulada "Again" (Novamente), já que incorre no estilo das outras composições roqueiras do músico, não exatamente inovadoras.
Prevalece a habilidade de Kravitz para construir ou interpretar baladas de tonalidade soul, como "It Ain"t Over "til It"s Over" e "Heaven Help". (DM)


RAIO X
Histórico: Nascido em Nova York, Leonard Albert Kravitz, 36, foi colega de classe de Slash na Beverly Hills High School, em Los Angeles, e produziu, em 90, "Justify My Love", interpretada por Madonna. De Jimi Hendrix, uma de suas confessas influências, diz ter aprendido "como misturar rock e blues" em suas canções.

Discografia: "Let Love Rule" (89); "Mama Said" (91); "Are You Gonna Go My Way" (93); "Circus" (95); "5" (98); "Greatest Hits" (2000)


The Days of Our Nights
    Grupo: Luna
Lançamento: Trama
Quanto: R$ 20, em média Lou Reed passou por aqui há uma semana, mas quem ficou com sua voz monocórdica na cabeça, a celebrar a noite, seus personagens e vícios, pode matar as saudades ouvindo o novo CD do Luna. Herdeira do pop underground dos anos 60 (leia-se Velvet Underground), a banda norte-americana não repete aqui seu melhor trabalho ("Penthouse", 95), mas mostra-se fiel ao seu estilo, de melodias simples, letras melancólicas e a interpretação mansa de Dean Wareheam. O CD tem belos arranjos de cordas ("Superfreaky Memories"), faixas de refrões fáceis ("Four Thousand Days") e uma versão mais lenta para "Sweet Child O'Mine" (Guns and Roses). (SYLVIA COLOMBO)


Free Bossa
    Grupo: Nouvelle
Lançamento: YBrazil?
Quanto: R$ 20, em média "Free Bossa" aponta uma virada na trajetória do grupo cool-chique Nouvelle Cuisine, agora rebatizado Nouvelle. Os vocais precisos e tortuosos de Carlos Fernando saíram de cena, e quem canta agora é Estela Cassilatti. Grande e discreta intérprete, ela recoloca o Nouvelle em seu posto de direito: o de grupo macio, que quer utilizar arranjos e instrumentais milimétricos para soar não mais que despojado. O ganho é marcante, e Estela passeia gostosamente por variáveis tão amplas quanto o soul clássico de Otis Redding em "(Sitting on) The Dock of the Bay", a MPB clássica de Caymmi em "Quem Vem pra Beira do Mar" ou a modernidade bem-humorada de Apollo 9 em "Sair do Ar". Gol. (PAS)


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