LUCAS NEVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Frente a paparazzi, tablóides sensacionalistas e enxeridos de plantão, celebridades costumam adotar duas condutas-padrão: resolver a questão no braço (sim, falamos de Luana Piovani e Britney Spears, que andaram se estranhando com fotógrafos) ou aderir ao joguinho midiático de poses sorridentes, exibicionismo escancarado e autodepreciação calculada -faça chacota de si mesmo antes que os outros façam, e pior.
Quem é diplomada nessa matéria é a pin-up/atriz/modelo canadense Pamela Anderson, que fez a alegria da garotada a bordo de um maiô vermelho na série "Baywatch", nos anos 90.
Onze capas da "Playboy", opacidade intelectual comprovada, hectolitros de silicone e um vídeo de sexo explícito "doméstico" depois -uma autoparódia que o tempo só faz refinar-, ela não tem nada a perder sentando-se à frente de um grupo de comediantes prontos a alvejá-la com torpedos sexistas, grosseiros e humilhantes.
E é isso que a moça faz em "Zoando Pamela Anderson".
Na abertura, já fica claro o tom do humor: "Você estrelou um programa sobre livros [a sitcom "Stacked']... é como Tom Cruise estar à frente de uma atração sobre vaginas". De memorável, só a participação catatônica de Courtney Love, "melhor amiga" de Anderson, que jura estar "careta" há um ano. "Ok, boneca", retruca uma comediante.