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"Velvet Goldmine' rompe com caretice dos 90
AMIR LABAKI
enviado especial a Cannes
Luz, câmera e ação: sexo, drogas e rock'n'roll. As telas de Cannes 98 rompem com a
caretice dos
anos 90.
O grande
símbolo da
retomada
abre hoje à
noite o último fim-de-
semana do
festival.
É "Velvet
Goldmine",
do norte-americano
Todd Haynes (de
"Veneno").
Revisita-se
o ocaso da
era hippie.
Hedonismo é a palavra de ordem: estamos na Londres de 1971.
Explode o "glam rock" selvagem e excessivo.
Haynes ficcionaliza a ascensão e queda de um de seus pioneiros, Brain Slade, desaparecido no auge da fama. Jonathan
Rhys Meyers, de "Michael Collins", interpreta Slade. Ninguém menos que Ewan McGregor ("Trainspotting") faz seu
ídolo americano, Curt Wild.
"Para mim essa época foi a celebração pop da tradição de
Oscar Wilde", explica Haynes. "Glam rock' parece um aplicação direta daquilo que Wilde tentou fazer na literatura
-chutar os fundilhos da tradição romântica que o precedeu."
Michael Stipe, do REM, assina a produção executiva. A trilha
sonora traz novas e velhas versões de standards de Roxy Music (leia-se Brian Eno, Bryan Ferry, Andy McCay), Lou Reed,
The Mighty Hannibal e outros.
Pode não ser a Palma, mas parece o cult do ano.
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