São Paulo, sexta, 22 de maio de 1998

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Sharon Stone chora em entrevista

France Presse
A atriz norte-americana Sharon Stone, que está em Cannes para apresentar seu novo filme "The Mighty"


do enviado a Cannes

Sharon Stone chorou ontem ao final da mais disputada entrevista coletiva de Cannes 98. A atriz de "Instinto Selvagem" se emocionou ao lembrar que ontem completaram-se cinco anos da última internação hospitalar de seu professor de interpretação, Roy Lyndon, que morreu em consequência da Aids.
Stone se confirmou como a rainha de Cannes dos anos 90 ao lotar o Palácio do Festival. Veio apresentar, fora de competição, o drama "The Mighty" (O Poderoso), e servir de mestre-de-cerimônias de um jantar beneficente.
Stone chegou dois minutos adiantada à sala de coletivas do Palácio do Festival. Estava acompanhada pelos dois intérpretes adolescentes de "The Mighty", Kieran Culkin e Elden Henson.
Depois de servir água para os garotos, Stone fez questão de apresentá-los como "dois dos melhores atores com quem trabalhei". Eles fazem um par de "outsiders". Culkin, que tem Stone por mãe no filme, faz Kevin, um garoto que sofre de um síndrome degenerativa que lhe deforma o corpo. Henson é Max, o típico gordo bobo, que vive com os avós enquanto seu truculento pai cumpre pena pelo assassinato da mãe.
Produzido a partir de um romance infantil de sucesso escrito por Rodman Philbrick, "The Mighty" foi dirigido pelo britânico Peter Chelsom, ausente do encontro de ontem. Mesmo num papel pequeno, Stone confirma o talento dramático visto em "Casino". Ajudou ainda a produzir o filme, levantando dinheiro.
"Há muito tempo, quando meu professor me perguntou qual era meu objetivo, disse: "Quero ser boa o bastante para me sentar na mesma mesa de Robert De Niro'. Já me sentei. E agora?".
Por um único instante a comportadíssima Sharon Stone escorregou em direção ao antigo figurino de "femme fatale". Indagada se a estréia nas telas como mãe tinha despertado instintos maternos reais, respondeu: "Esse assunto só diz respeito a mim e a meu marido (o jornalista americano Phil Bronstein). Tudo que posso dizer que é temos feito sexo constantemente". (AL)



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