São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Notável coincidência" marca encarte

ESPECIAL PARA A FOLHA, EM LISBOA

É muito pouco crível, mas Henrique Amaro afirma enfaticamente que o texto "putos, pontes & comboios", do encarte da compilação "Tejo Beat", não foi inspirado em "Rios, Pontes & Overdrives", de Science e 04.
"O jornalista que escreveu a meu pedido o texto não conhecia a música, foi uma notável coincidência", disse.
A sucessão de imagens de Science/04 -as "impressionantes esculturas de lama"- ganha paralelo com as palavras do texto português.
"Falamos de uma geração que ainda não é adulta o suficiente para cantar temas supostamente sérios", diz Amaro, explicando o uso do termo "putos".
Sobre "pontes e comboios", ele afirma que "na época estavam a construir o primeiro comboio (trem) sobre a ponte 25 de Abril, em Lisboa".
Amaro não conseguiu fazer de "Tejo Beat" um disco "vencedor" ou que, nas suas palavras, "ganhasse um galardão".
Não vendeu 10 mil cópias -disco de prata em Portugal. Mesmo assim, quer ratificar a "mensagem mangue".
"No show de julho pretendo distribuir flyers com os dois manifestos do mangue beat."
Amaro reafirma que o tejo usa o mangue apenas como uma referência estética.
"Nunca defendi uma transposição das idéias musicais dos pernambucanos. Seria ridículo pensar assim. É uma homenagem fictícia minha, algo feito em prol de uma nova corrente. Tanto cá como no Brasil, corrente que busca chegar a uma nova estação."
(PV)

Texto Anterior: Música: Portugueses cultivam mangue no Tejo
Próximo Texto: Grupos buscam "portugalidade"
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.