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"Notável coincidência" marca encarte
ESPECIAL PARA A FOLHA, EM LISBOA
É muito pouco crível, mas Henrique Amaro afirma enfaticamente que o texto "putos, pontes &
comboios", do encarte da compilação "Tejo Beat", não foi inspirado em "Rios, Pontes & Overdrives", de Science e 04.
"O jornalista que escreveu a
meu pedido o texto não conhecia
a música, foi uma notável coincidência", disse.
A sucessão de imagens de Science/04 -as "impressionantes esculturas de lama"- ganha paralelo com as palavras do texto português.
"Falamos de uma geração que
ainda não é adulta o suficiente para cantar temas supostamente sérios", diz Amaro, explicando o
uso do termo "putos".
Sobre "pontes e comboios", ele
afirma que "na época estavam a
construir o primeiro comboio
(trem) sobre a ponte 25 de Abril,
em Lisboa".
Amaro não conseguiu fazer de
"Tejo Beat" um disco "vencedor"
ou que, nas suas palavras, "ganhasse um galardão".
Não vendeu 10 mil cópias -disco de prata em Portugal. Mesmo
assim, quer ratificar a "mensagem
mangue".
"No show de julho pretendo
distribuir flyers com os dois manifestos do mangue beat."
Amaro reafirma que o tejo usa o
mangue apenas como uma referência estética.
"Nunca defendi uma transposição das idéias musicais dos pernambucanos. Seria ridículo pensar assim. É uma homenagem fictícia minha, algo feito em prol de
uma nova corrente. Tanto cá como no Brasil, corrente que busca
chegar a uma nova estação."
(PV)
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