São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 2000


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Grupos buscam "portugalidade"

ESPECIAL PARA A FOLHA, EM LISBOA

"Alguma portugalidade." É o que une, na opinião de Manoel Cruz, 25, líder da banda portuense Ornatos Violeta, os grupos do tejo beat.
"Acho que tanto o Ornatos como o Da Weasel buscam alguma "portugalidade". São estilos musicais diferentes, mas ambos vêm dos EUA, de uma cultura musical que não é a nossa", disse à Folha.
Cruz admira o mangue por "beber aqui e acolá" referências musicais que formam uma "identidade" brasileira. "É um mecanismo tipicamente brasileiro. Aqui em Portugal noto uma preocupação em diluir essa identidade."
Com dois discos no currículo (o último obteve prata, por 10 mil cópias vendidas) e, diferentemente dos demais conjuntos da cena, vivendo da música, o líder do Ornatos quer um novo caminho no pop português.
"É tempo de não ter frescura em voltar a pegar na tradição musical portuguesa. Uma das coisas que nos diferencia dos brasileiros é que aqui falta liberdade de brincar mais com nossa tradição musical, com os cantores de intervenção, por exemplo, que ficaram com uma imagem ligada demais à política e de quem se esqueceu, parece, que faziam música." (PV)

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