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Grupos buscam "portugalidade"
ESPECIAL PARA A FOLHA, EM LISBOA
"Alguma portugalidade." É o
que une, na opinião de Manoel
Cruz, 25, líder da banda portuense Ornatos Violeta, os grupos do
tejo beat.
"Acho que tanto o Ornatos como o Da Weasel buscam alguma
"portugalidade". São estilos musicais diferentes, mas ambos vêm
dos EUA, de uma cultura musical
que não é a nossa", disse à Folha.
Cruz admira o mangue por "beber aqui e acolá" referências musicais que formam uma "identidade" brasileira. "É um mecanismo tipicamente brasileiro. Aqui
em Portugal noto uma preocupação em diluir essa identidade."
Com dois discos no currículo (o
último obteve prata, por 10 mil
cópias vendidas) e, diferentemente dos demais conjuntos da cena,
vivendo da música, o líder do Ornatos quer um novo caminho no
pop português.
"É tempo de não ter frescura em
voltar a pegar na tradição musical
portuguesa. Uma das coisas que
nos diferencia dos brasileiros é
que aqui falta liberdade de brincar mais com nossa tradição musical, com os cantores de intervenção, por exemplo, que ficaram
com uma imagem ligada demais à
política e de quem se esqueceu,
parece, que faziam música."
(PV)
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