São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice BEBIDA CONCURSO "AMPLIA" MAPA BRASILEIRO DO VINHO JORGE CARRARA COLUNISTA DA FOLHA Os vinhedos do Rio Grande do Sul não estão mais sozinhos no mapa de vinhos finos do Brasil. Outros Estados já se mostram capazes de elaborar goles atraentes, o que foi constatado no Wine Brasil Awards, realizado de 15 a 17 de junho, no hotel Vila Galés Marés, na Bahia. A terceira edição do concurso -organizado pela Market Press, que edita a revista "Vinho Magazine", e a belga Vinopres, responsável pelo Concurso Mundial de Bruxelas- contou com 97 vinhos de 21 adegas do país que foram avaliados às cegas (sem saber nome nem produtor) por 13 especialistas. Houve bons espumantes, com destaque entre os brut (mais secos) para o 130 Anos da Valduga (rico, com bolhas finas) e o Don Giovanni, cítrico e cremoso (ganhou medalha de ouro) e, na ala doce, para os moscatéis da igualmente gaúcha Panizzon e para o Miolo Terranova, outro vinho perfumado (foi ouro), oriundo do Vale do Rio São Francisco, na Bahia. Os brancos tiveram performance discreta, mas os tintos surpreenderam pela expressão de fruta. Entre os vinhos de corte (várias uvas), agradou o Paralelo 8 2005, da pernambucana ViniBrasil. No painel dos merlot, brilharam dois da Miolo, o Lovara 2005 (ouro) e o Reserva Miolo (grande ouro), ambos com boa fruta e textura. Na seção dos cabernet sauvignon, o pódio foi para os dois melhores vinhos do evento: o da gaúcha Cavalleri, um belo 2004 amplo e persistente (ouro), e para a Dezem, do Paraná, outro tremendo 2004 (grande ouro). Foram outorgadas 30 medalhas. A Miolo novamente conquistou a ponta com oito. No topo, com grande ouro, ficaram -além da paranaense Dezem e da Miolo- as gaúchas Cerezer (Moscatel) e Salton (Volpi Merlot 2003). JORGE CARRARA viajou a convite da Market Press e da Vinopres Texto Anterior: Tentações Próximo Texto: Sugestão até R$ 40 Índice

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