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BARBARA GANCIA
João Kléber usa dois pesos e duas medidas
O mínimo que se espera de
um apresentador da linhagem de João Kléber (da Rede TV)
é que ele esteja preparado para
receber críticas, certo, biscoito?
Ou melhor, críticas muito pesadas. Se o sujeito se dispõe a manipular, falsear e ter o seu nome
vinculado a um produto de baixa
qualidade, ele que o faça se seu fígado permitir. Mas que esteja
pronto para aguentar o tranco
que virá depois.
E não adianta se esquivar do escrutínio da crítica usando aquela
conversa mole de que o programa
tem audiência e que, no fim das
contas, o que importa é o julgamento do telespectador. Tampouco serve tentar disfarçar a baixaria usando de bom-mocismo ou
tecendo loas ao Senhor.
Em sua confuciana coluna na
revista "Contigo", sempre preocupada com a volubilidade dos
mais ingênuos e com a quantidade de lixo que a TV atira sobre a
cabeça da criançada, Xênia Bier
fez duras críticas (quando é que
ela faz críticas suaves?) ao programa de João Kléber.
Para quê? O apresentador subiu
nas tamancas. No dia em que a
revista chegou às bancas, ele usou
vários minutos de seu programa
para atacar a colunista da maneira mais covarde, grosseira e
machista possível.
João Kléber chamou Xênia Bier
de mal-amada, decadente e velha, como se ser velho fosse motivo de insulto.
Quarentão, dificilmente ele vai
conseguir recuperar o bê-á-bá da
educação básica que seus pais
certamente lhe ensinaram e ele
esqueceu. Mas já que acha que
tem procuração para falar em nome de Deus e sempre subestima a
inteligência do próximo posando
de bom rapaz, queria dizer ao sr.
João Kléber que ele deveria
aprender uma coisinha ou duas
com José Luís Datena e até, pasme, com Nelson Rubens.
Recentemente usei esta coluna
para fazer críticas severas ao programa do Datena e também ao
comportamento de Nelson Rubens no programa vespertino que
apresenta com Leonor Corrêa.
Qual foi a reação deles? Ambos
fizeram questão de mencionar
meus comentários em seus respectivos programas, mas em nenhum momento usaram de qualquer tipo de descortesia. Profissionais experimentados, eles sabem
sair na chuva e se molhar sem estragar o penteado.
A falta de respeito de João Kléber com Xênia me deixou intrigada. Por que será que quando eu o
critiquei aqui ele colocou o rabinho entre as pernas e ficou na
moita, mas, quando a crítica veio da Xênia, que já não tem mais a
mesma disposição de antes para se defender, ele partiu para a agressão?
E-mail: barbara@uol.com.br
www.uol.com.br/barbaragancia/
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