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Após Copa, Uruguai fica pop também nas artes
País do melhor jogador do Mundial vê surgirem novos talentos no cinema
Filmes obtêm verba no exterior e vitrine de grandes festivais, enquanto biografia de Forlán é êxito editorial
DENISE MOTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE MONTEVIDÉU
De lanterninha da Copa a
berço do melhor jogador de
futebol do Mundial, o Uruguai conquista terreno e entra em circuitos pop também
fora das quatro linhas.
A começar pelo próprio
Diego Forlán. O atacante da
Celeste acaba de ter a terceira
edição de sua autobiografia
lançada no mercado local. O
livro integrou a lista dos dez
títulos de não ficção mais
vendidos da Espanha.
No território audiovisual,
o Uruguai vem igualmente
acumulando gols.
Depois de chamar a atenção de festivais internacionais com filmes como
"Whisky" (2004, de Pablo
Stoll e Juan Pablo Rebella), o
país figura neste ano, e em
dose dupla, na lista de agraciados do fundo Hubert Bals,
ligado ao festival de Roterdã.
As produções escolhidas
são "Tanta Agua", de Ana
Guevara e Leticia Jorge, e
"Solo", de Guillermo Rocamora, diretores estreantes
em longas-metragens.
Por sua vez, Stoll trabalha
atualmente em "Tres", filme
coproduzido com Argentina
e Alemanha e que começa a
ser rodado em dois meses.
Mais conhecido entre os
seguidores do cinema argentino, o uruguaio Daniel Hendler (protagonista de "O
Abraço Partido", de Daniel
Burman) também ingressa
na direção de longas com
"Norberto Apenas Tarde".
O filme tem produção executiva de Pablo Trapero e ganha exibição no festival de
Locarno no mês que vem.
Por fim, Martín Sastre, videoartista com passagem pelas bienais de Veneza, Havana e São Paulo, mostrou seu
primeiro longa no rio da Prata (e fará o mesmo em setembro, na Espanha).
Trata-se de "Miss Tacuarembó", fábula bem-humorada e cheia de surpresas,
com participação da almodovariana Rossy de Palma.
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Muitos destaques da nova
geração de cineastas vêm da
publicidade, atraente para o
mercado nacional e estrangeiro por conta da facilidade
logística, em razão do território diminuto, da diversidade
de paisagens e tipos humanos e da competitividade no
custo da mão de obra.
Em 2009, o setor representou 0,43% do PIB, contribuição superior à de indústrias
tradicionais, como as de vinhos e vestimentas, segundo
a Associação Uruguaia de
Agências de Publicidade.
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