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Jorge Drexler dispensa samba e ecoa nova MPB
SYLVIA COLOMBO
EDITORA DA ILUSTRADA
Para gravar "Amar la Trama", 12º disco de carreira,
Jorge Drexler, 45, chamou
testemunhas anônimas que
assistiram às sessões. De
acordo com sua reação, alterou as músicas.
Agora, a experiência é ampliada. Nos shows que vem
realizando na Europa e que
traz amanhã a São Paulo,
Drexler pretende ouvir a plateia e incorporar suas impressões ao concerto.
"Ao vivo, a audiência comanda a metodologia da
apresentação", disse à Folha. A obsessão de Drexler
pela reação das pessoas à
sua arte não vem de hoje. Em
"Cara B" (2008), até o ruído
da entrada dos teatros foi incorporado ao álbum.
Conhecido por ser um dos
representantes da nova música do rio da Prata, o uruguaio mistura a tradição milongueira da região a influências urbanas e elementos da MPB.
Diferentemente de álbuns
como "Eco" (2004) ou "12 Segundos de Oscuridad"
(2006), porém, a melancolia
não é o mote essencial de
"Amar la Trama". "Trata-se
de um trabalho mais iluminado", explica.
A relação com a música
brasileira também mudou.
Se nos outros álbuns a bossa
nova e Caetano Veloso eram
as referências, agora Drexler
está mais interessado na nova produção. "Não preciso
fazer samba para soar brasileiro. Hoje me sinto muito
mais influenciado por artistas como Marcelo Camelo."
Na Espanha já há dez
anos, o coração de Drexler se
dividiu na Copa. Vibrou com
a vitória da Roja, mas torceu
mesmo pelo guerreiro Uruguai. "A vitória da Espanha
foi a vitória da solidariedade.
Gostei da ausência de egolatria. As estrelas não brilharam, venceu a humildade."
JORGE DREXLER
QUANDO sex., 22h
ONDE Via Funchal (r. Funchal, 65,
tel. 0/xx/11-2144-5444 )
QUANTO De R$ 70 a R$ 200
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
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