da Redação

Quando a crônica acima foi publicada, em janeiro de 1885, a "Gazeta de Notícias", dirigida por seu fundador, o médico José Ferreira de Araújo, tinha tiragem diária de 24 mil exemplares.
O jornal, criado no Rio, em 1874, era composto por seis páginas. A capa era reservada ao noticiário "quente". Na seção "Telegramas", eram publicados resumos das notícias nacionais e internacionais de maior relevância.
A primeira página trazia ainda seções fixas sobre política, como "Boletim Parlamentar" e "Diário das Câmaras", e o "Folhetim", em que romances e contos eram publicados em capítulos.
Nessa seção, Machado de Assis publicou alguns de seus contos, como "Noite de Almirante".
O destaque da página 2 era a coluna "Balas de Estalo", em que vários colaboradores se revezavam, sempre assinando sob pseudônimo. Além do Lélio, de Machado de Assis, havia Lulu Sênior, de José Ferreira de Araújo, e outros como Zig-Zag e João Bigode.
As outras quatro páginas da "Gazeta de Notícias" eram reservadas a anúncios, declarações, leilões e loterias.
Um exemplar avulso do jornal custava 40 réis. A assinatura anual saía por 12 mil réis e a semestral custava 6 mil. E ambas deveriam ser pagas antecipadamente.
Diferente das demais, a edição de 1º de janeiro de 1885 trazia na capa, além dos telegramas, um texto sobre o ano bom e uma retrospectiva de 1884. (LCr)


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