DA REPORTAGEM LOCAL

O Instituto Tomie Ohtake, que vai funcionar em um quarteirão das avenidas Pedroso de Morais e Faria Lima, tem a mão dos meninos de Tomie Ohtake. Ruy, o mais velho, é quem assina o projeto. Ricardo, o caçula, também arquiteto de formação, designer gráfico e secretário do Verde e do Meio Ambiente, é o idealizador e coordenador do projeto.
Tomie desconversa quando se fala no instituto, previsto para abrir suas portas em meados do ano que vem. Quem fornece os detalhes é Ricardo.
"É um espaço para a cidade", disse. Trata-se de um complexo arquitetônico de duas torres de escritório e a área do instituto -de 7.000 m2. O dono do terreno, inclusive dos prédios, é o laboratório Aché. "Esse é o oitavo projeto do Ruy com a empresa. Essa aproximação tornou possível a criação do instituto", disse Ricardo.
Os cinco pavimentos serão cedidos em comodato, por 30 anos. Haverá um cinema, dois teatros, uma área para cursos de arte, além de espaços para exposições -2.000 m2.
"As obras da Tomie vão ocupar 10% da área. Queremos movimentar bastante o centro." O cinema só vai funcionar à noite. "Durante o dia, vamos usar esse espaço para outras atividades."
Um dos teatros não terá platéia nem palco fixos, podendo ser organizado ao gosto do cliente. Terá capacidade para até 250 pessoas. O outro, com 750 lugares, será convencional, mas está sendo projetado para abrigar óperas e balés.
Para coordenar a parte de artes plásticas, Ricardo escalou Agnaldo Farias, ex-diretor do Museu de Arte Moderna do Rio.
A área de artes cênicas será de responsabilidade de Emilio Kalil, fundador do Grupo Corpo e ex-diretor dos teatros municipais do Rio e de São Paulo.
O custo de manutenção está estimado em R$ 3,5 milhões ao ano, e devem compor o quadro de funcionários 40 profissionais fixos, segundo Ricardo.
Ele afirmou que agora parte para as negociações com patrocinadores. "Dependo deles para fazer a programação." (FC)


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