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São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2003

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"Não há muito além dos Strokes"

THIAGO NEY
DA REDAÇÃO

Qualquer banda nova daria qualquer coisa para aparecer nas revistas e nos jornais europeus com a frequência insistentemente rotineira dos Libertines.
Foram tão falados que, para defini-los, foi quase institucionalizada a expressão "os Strokes da Inglaterra". A (vital) diferença é que o motivo de tamanha exposição desse quarteto londrino vai além dos limites de suas guitarras.
Já são famosas as ásperas e constantes brigas entre Carl Barat e Pete Doherty. Além de ganharem páginas na mídia especializada, ameaçaram seriamente o grupo. A Folha conversou com Barat sobre o futuro do Libertines, a prisão de Doherty e o novo rock.
 
Folha - Pete Doherty foi preso por assaltar a sua casa. O que foi que aconteceu?
Carl Barat -
Pete é viciado em drogas, precisa de alguém para tomar conta dele 24 horas por dia. Ele entrou em minha casa porque precisava de dinheiro. Mas continuamos amigos, nos conhecemos desde que éramos crianças.

Folha - Com ele preso, vocês tiveram que arrumar um guitarrista substituto. A banda tem como continuar sem ele?
Barat -
Sim, claro. Daqui a seis meses Pete sai da prisão. E ele provavelmente vai querer voltar para a banda.

Folha - Isso é consequência desse "estilo de vida rock and roll" vivido por vocês?
Barat -
Nunca pretendemos propositalmente ter esse tipo de estilo de vida. Levamos a vida do jeito que ela aparece para nós. Temos muitos amigos, muitas pessoas que gostam de nós.
Não brigamos nem "farreamos" o tempo inteiro. Temos os nossos sonhos. E nossas canções falam sobre essas coisas.

Folha - Libertines é apontado como uma das boas bandas atuais desse novo rock...
Barat -
Há muitas bandas ruins aparecendo sob esse rótulo, bandas que nunca tocaram boa música e entraram na onda porque é sobre isso que os jornais estão falando. White Stripes, Strokes são OK... Não há muito além disso.

Folha - Mick Jones (Clash) e Bernard Butler (Suede) foram seus produtores. Como isso aconteceu?
Barat -
Na verdade foram eles que nos escolheram. Queríamos fazer [o disco e o single "What a Waster"] nós mesmos, mas a gravadora achou a idéia ruim... Disseram que seria melhor gravarmos com alguém experiente.

Folha - Entre as histórias que contam do Libertines, dizem que você e Doherty eram garotos de programa. É verdade?
Barat -
Nós precisávamos de dinheiro, então procuramos uma agência de encontros. Mas ficamos bem pouco tempo.



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