GOOD moooooorning! Nossa, quanta coisa, né? Babado. E parabéns pra você!

FOI muito bom ver todo mundo sorrindo lá no Free Jazz, não? E o Orbital foi bom, mas a gente ficou esperando "Belfast" o tempo todo. E não é que eles usaram aquele chapéu com lanterna que o DJ Acacyo usa? Viu? E foi superbola dentro a pistinha com os DJs da nova safra, muito simpático.

AGORA, a melhor notícia da semana é a volta do DJ Funk d'Void. Eu fui! Eu vi o cara tocando no Rhapsody, cheio de informação musical e carisma. E tanta gente pôs a mão na cabeça que não tinha ido que trouxeram o cara de volta. Gosta de house? Então pode ir. Gosta de tecno? Pode ir também. Prefere a periferia? Tudo bem. Acha melhor a Vila Olímpia? Se joga no Lov.e amanhã. Êêêê! E atenção que o amigo vai entrar cedo, logo depois da abertura da casa, com a DJ Paula.

ENQUANTO isso, domingo é dia de tomar champanhe na faixa no evento chiquérrimo da Moet Chandon lá no quadrilátero fino da Oscar Freire. São 3.500 garrafas, divididas entre as lojas do evento Promenade, e nas ruas o clima é de feira descolada.

E as festas da semana estão animadas. Hoje tem dois anos do clube Anzu, em Itu, para quem quer enfrentar a viagem, com Dmitri. Segunda tem o tradicional (às avessas) aniversário da Gabi, a Gabriella Bionda, no Gourmet, e o aniversário do clube Absoluto, com Felipe Venancio e P.A. do M4J, mais o sensacional percussionista Paulo Campos. Terça tem 13 anos de trabalho de Cesar Semensato no Lov.e, na noite "Ferveção com Arte". Quinta tem o fechado Halloween da Veuve Clicquot, na casa das caldeiras da fábrica Matarazzo.

E segunda ainda a Nova Galeria (R. Estados Unidos, 1.581) mostra o tema orgasmo interpretado por diversos fotógrafos da nova geração. O resultado serve para ilustrar pôster e catálogo do Mix Brasil 99. Na terça tem a abertura da mostra de Dadá Cardoso, uma das mais lindas e talentosas fotógrafas do eixo Rio-SP. Quarta Laura Finnochiaro canta no Sesc Santo Amaro com Edson Cordeiro. Eles apresentam a inédita "Amor de Rua", faixa de seu novo CD, que sai neste mês pela Sony, composta, sob encomenda, por Laura para Edson Cordeiro.

E na festa da Chivas pós-Free Jazz VIP mesmo era quem conseguia um copo. De tanta bebida que tinha os copos acabaram! E os artistas foram, e a casa era linda.

E o povo que chegava lá vindo do Playcenter chegava com os olhos deste tamanho. Houve praticamente princípio de pânico, já que todo mundo queria entrar ao mesmo tempo, estouro da boiada. Comprar e entrar foi difícil. A sensação de que não ia dar certo era grande, conta um leitor. Mas deu. Todo mundo entrou e se divertiu. As filas estavam batendo mais de duas horas para andar naquela montanha-russa que vai de marcha ré, mas ver os brinquedos com a música alta (da pista principal) foi bem legal. E diz que estar lá em cima vendo a pista também era tipo incrível. As pistas paralelas não funcionaram muito (o live P.A. quando cheguei tava meio charuf) e a qualidade do som da pista de house/ tecno estava uó. Claro, teve um povo que insistiu tentando entrar pelo riozinho sem pagar, pular a cerca etc. E teve os que subiram pelo teto do banheiro, que desabou em cima de quem tava lá dentro. E as drags perdendo peruca e tamanco nos brinquedos de cabeça para baixo proporcionaram os momentos mais engraçados da noite. Público supermisturado, sem problemas para ninguém. E quem não queria se misturar simplesmente não foi ou ficou pouco. E pronto.

A democracia da cena é de fato um dos temas do momento. A tal briga dos skatistas e dos cybermanos levantou alguma poeira na última semana. Os cybermanos têm sido acusados de detonar o espírito raver e de roubar toca-fitas. Na verdade, essa coisa de "vibe legítimo" é perigosa. Há um processo de elitização natural, decorrente da intensa popularização das raves e do trance. Quando abre muito, a coisa avança para outros lados, da mesma forma como aconteceu com o tecno em meados da década -e com o Hell's. Quem rouba toca-fitas não é mano, é bandido. Agora, como cada um se diverte é de cada um. E quem não quer se misturar não se mistura, vive em raves privates ou em eventos essencialmente underground. Ou em chill-ins e chill-outs.

UM leitor escreveu: "Imagina se te confundem com um grubber, graubber, crubber, crubb e começam a te bater. Que saudade dos tempos da BEBETE!".

ENQUANTO isso, no novo clube Home, gatecrashers criaram o maior rolo com seguranças e entraram no VIP do clube, zoando. Há problemas de licença e, segundo o dancesite, o superclube poderá ter que fechar suas portas até o final de outubro. Mas diz que o clube nem é tudo isso. Já a estréia da Fabric foi adiada para este sábado. Diz que o sound system é absurdo e que as pessoas poderão dançar sobre os sub-woofers. Êêêê! Então eu vou. Pertinho de Turnmills, facilitando o trânsito do povo lesado no sábado. Agradecemos.

ATENÇÃO, vodus e invejosos em geral, da série que fim levou... A famosa Roberta loura, uma das mais polêmicas clubbers cariocas de todos os tempos, que tinha saído do Brasil com o DJ Hell, virou mistress SM e faz performances em festas de fetiche. Na igualmente famosa Torture Garden, há fila para lamber sua bota, que tal?

E enquanto a gente aqui tenta assistir a "Run Lola Run" e "Melhor Viver Ligado" na mostra (amanhã, ao meio-dia, no Unibanco 1; quinta, às 17h, na Sala Cinemateca), Nova York só tem um assunto: "Being John Malkovich", o longa-metragem do darling (meu também) Spike Jonze, autor do sensacional "Sabotage", clipe dos Beastie Boys. O filme estréia sexta que vem e tem John Malkovich as himself, levantando o hype em torno de um dos atores mais cult dos últimos 15 anos. Tem John Cusack como o cara que descobre um portal para entrar na mente do ator, e Cameron Diaz (tudo, tudo). O site é igualmente criativo, veja www.beingjohnmalkovich.com e acredite no hype.

E vai reabrir a Chaos. Em Nova York. Diz que o novo clube é no antigo estúdio do Jasper Johns (tá?) e tem como novos sócios, Michael Ault, Jeffreu Chodorow (China Grill; tudo, tudo) e Ian Schrager (Studio 54, Paramount e Delano; tudo, tudo, tudo). Diz que os bem nascidos Chaos daqui vão para a inauguração. E o daqui?

E por falar em cybermanos, o Programa Capacitação Solidária (PCS) leva ao Jardim Ângela Marky (terça) e o DJ Patife (dia 10 de novembro). Mau Mau foi o primeiro, na data marcada para ontem, a dar aula para os garotos do curso de DJ. Muito bem. Música eletrônica para todos.

E-mail: palomino@uol.com.br


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