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COPIÃO
Tribunal quer explicação sobre filmes inacabados
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
O Tribunal de Contas da
União decidiu pedir explicações
aos responsáveis no Ministério
da Cultura pela liberação do uso
de R$ 13 milhões (valores atualizados) de dinheiro público, captado por leis de renúncia fiscal,
para a realização de 14 filmes do
produtor Renato Bulcão, que
permanecem inacabados.
Atuais e ex-funcionários da
Secretaria do Audiovisual serão
chamados para audiências no
TCU. A decisão foi tomada anteontem, no julgamento dos 14
processos que analisam individualmente as prestações de contas dos filmes. O ministro relator, Augusto Sherman, viu indícios de negligência, como o fato
de terem sido aprovados oito
projetos de Bulcão num mesmo
dia, em novembro de 1995.
O TCU decidiu também pedir
a Bulcão que devolva ao Estado
R$ 20 milhões, que corresponde
à correção, para a data atual, do
total captado mais juros e multa.
O produtor tem a alternativa de
apresentar nova defesa.
Bulcão diz que, dos 14 filmes
analisados, sete foram concluídos e exibidos este ano pela TV
Cultura, outros cinco estão em
finalização e dois, por fazer. Ele
se diz surpreso com a decisão,
afirma que está trabalhando para concluir os filmes e deve apresentar sua defesa ao TCU.
NOVAS MÃOS
A Agência Nacional do
Cinema fez esta semana as
primeiras autorizações para
uso de dinheiro público (leis
Rouanet e do Audiovisual) na
produção de longas-metragens
-tarefa que até o mês passado
pertencia ao Ministério da
Cultura.
BOAS MÃOS
O primeiro título autorizado
a captar (R$ 1,28 milhão) é
"Filme de Amor", de Julio
Bressane. Também foram
aprovados o projeto paulista
"Minha Vida de Goleiro" (R$
2,8 mi) e o pernambucano
"Deserto Feliz" (R$ 1,6 mi).
OITO MÃOS
A Ancine resolveu que a
análise e a aprovação dos
projetos de produção e co-produção de filmes será feita
em conjunto pelos seus quatro
diretores. Apenas em casos de
"urgência justificada", dois
diretores poderão decidir por
todos.
OPÇÃO
A prefeita Marta Suplicy tem
até dia 6 para sancionar ou não
o projeto de lei que cria a
Fundação Cecim (Centro de
Cinema de São Paulo), similar
da distribuidora Riofilme.
PT X PT
O projeto, apresentado na
Câmara pelo vereador Vicente
Cândido (PT), não agrada o
secretário da Cultura, Marco
Aurélio Garcia (PT).
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