|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Herói gosta de punk e de futebol
ENVIADO ESPECIAL A CHICAGO
Ele gosta de Sex Pistols e
Dead Kennedys, torce para o
Arsenal e está com a voz cada vez mais grossa. E é protagonista de um filme para
crianças e adolescentes que é
um fenômeno que rendeu
US$ 87,7 milhões nos Estados Unidos no fim de semana passado, a terceira maior
estréia da história.
Conheça Daniel Radcliffe,
13, a encarnação cada vez
mais adolescente de Harry
Potter, o herói da série de livros que vem sendo adaptada para o cinema e cujo segundo capítulo estréia hoje
no Brasil. O britânico recebeu a Folha num hotel de
Chicago, em que passou o
dia inteiro dando entrevistas
com os amigos Emma Watson (a Hermione) e Rupert
Grint (o ruivo Ron).
"Quando não estou filmando ou dando entrevistas, que juntos ocupam 90%
de meu tempo, gosto de ouvir punk rock", diz ele. "Mas
o autêntico, Sex Pistols,
Dead Kennedys, Clash". De
todas as personalidades que
conheceu desde a fama, a
que mais gostou foi John
Lydon, ex-Johnny Rotten,
dos Pistols. "Mas as drogas
consumiram quase todos os
neurônios dele", ri.
Das que gostaria de conhecer, está o jogador brasileiro
Ronaldo. Sim, como todo
bom britânico, Radcliffe
também é fã de futebol.
"Aliás, a única coisa que sei
do Brasil é que vocês jogaram melhor do que nós e ganharam a última Copa do
Mundo", diz ele.
"Harry Potter e a Câmara
Secreta" é mais fiel ao segundo livro do que o primeiro
filme era ao primeiro -por
isso mesmo, é melhor e tem
uma atmosfera mais sombria que deve agradar mais a
adolescentes do que a crianças.
A fidelidade ao livro, aliás,
o livra da crítica mais frequente que Radcliffe vem recebendo, segundo o próprio.
"Tem muita gente dizendo
que eu estou crescendo rápido demais, engrossando a
voz, e que por isso logo logo
vou ter de deixar o personagem", começa ele. "Mas o
Harry também cresce de um
livro para o outro."
O ator está comprometido
apenas com o próximo filme, "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban", que promete ser o mais controvertido da cinessérie. Quem o dirige é o mexicano Alfonso
Cuarón, autor do ótimo "E
Sua Mãe Também", que deve dar uma roupagem ainda
menos infantil ao terceiro
episódio.
Radcliffe não sabe se assinará para fazer os filmes restantes. "Só sei que pretendo
continuar no cinema", afirma. "Quando virar adulto,
no entanto, me vejo mais como um roteirista ou um diretor do que como um ator."
(SÉRGIO DÁVILA)
O jornalista Sérgio Dávila viajou
a Chicago a convite da Warner
Texto Anterior: Cinema/Estréia - "Harry Potter e a Câmara Secreta": Muita magia deixa Potter cansativo Próximo Texto: Copião: Tribunal quer explicação sobre filmes inacabados Índice
|