São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2003 |
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FORA DA ESTANTE Maurice Blanchot morreu em fevereiro passado, com 95 anos. Não foi a primeira desaparição do escritor e ensaísta, expoente da literatura moderna francesa. Ele não dava entrevistas, não se deixava fotografar, vivia "escondido" há 20 anos. Mas seus livros estiveram onipresentes nos últimos 60 anos na França -e em mais uma dezena de idiomas escolhidos. Essa oposição, o sumiço do escritor e a permanência da obra, era parte central de seu projeto intelectual. Para ele, o objeto literário era autônomo, irredutível, falava por si. Infelizmente sua ficção limpa, mas enigmática, não teve essa permanência no Brasil. De seus muitos romances, como o inaugural "Thomas, o Obscuro", só se encontra aqui, com alguma sorte, o "Pena de Morte", que a Imago lançou. Texto Anterior: Entrelinhas: Fome zero (de livros) Próximo Texto: Panorâmica - Cinema: Documentário "Ônibus 174" pode ser indicado ao Oscar Índice |
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