São Paulo, sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

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Austríaco "ressuscita" filmes para a Polaroid

Novo dono de fábrica decidiu retomar produção, cujo encerramento foi anunciado em 2008

Proposta é desenvolver filmes compatíveis com a máquina e colocá-los à venda até dezembro, quando acabam estoques atuais


EMILY DUGAN
DO "INDEPENDENT"

A máquina Polaroid proporcionou prazer quase instantâneo a milhões de usuários por toda uma geração, registrando de nascimentos e casamentos a cenas das mais explícitas. Mas a chegada da foto digital, nos anos 90 -com imagens instantâneas e a opção de editá-las e deletá-las- foi fatal. Os instantâneos paradigmáticos da Polaroid, com suas margens brancas, pareciam fadados a sumir.
Quando, em 2008, a Polaroid anunciou que encerraria a produção de seu filme instantâneo, parecia que a câmera estava prestes a desaparecer. Logo, porém, usuários lançaram uma campanha pela volta do formato. Agora, suas súplicas foram ouvidas com a ajuda de um salvador improvável.
Se tudo transcorrer como o previsto, a fábrica da Polaroid em Enschede, Amsterdã, logo produzirá filmes outra vez, graças ao novo proprietário, o excêntrico artista e empresário austríaco Florian Kaps, 39, que dedicou seus últimos cinco anos à fotografia instantânea.
Ele montou a Polanoid.net, a maior galeria de fotos Polaroid na web, e a primeira galeria de arte só com imagens feitas com Polaroid, a Polanoir, em Viena.
Agora, quer salvar o filme Polaroid. "É mais que um plano de negócios -é uma luta contra a ideia de que tudo tem de morrer a partir do instante em que deixa de gerar lucros", disse.
Apelidado de "Projeto Impossível", o desenvolvimento de um novo filme para a Polaroid já começou. Com a cooperação da empresa Ilford, de Manchester, que trabalha com foto em preto-e-branco, estão prontas as máquinas que produzirão filmes de dois tipos de exposição, ambos compatíveis com os modelos de câmera SX-70, usados por artistas, e com os da série 600, mais moderna.
Com 11 membros da equipe original da fábrica, Kaps quer produzir em massa filmes coloridos e PB e lançá-los sob o selo Impossible até dezembro, coincidindo com a projeção de esgotamento dos estoques atuais.


Tradução de CLARA ALLAIN


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