São Paulo, segunda, 23 de fevereiro de 1998

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REPERCUSSÃO

Bruno Barreto, diretor de "O Que É Isso, Companheiro?" - "Chorei de alegria. Fico feliz sobretudo porque o Walter é da minha geração. Há uma simetria no cinema que fazemos, em que a história e os personagens são o mais interessante. A direção é transparente, não exibicionista. É a vitória do cinema humanista, voltado para as pessoas, não para a caligrafia, para o formalismo."

Fernanda Torres , atriz - "Nosso Pelé ganhou a Copa do Mundo. Mamãe é nosso Pelé. Ela estava em Praga e voltou para Berlim. Sabia que o filme receberia algum prêmio. Ela ligou felicíssima e repetia: Medalha, medalha, medalha."

Luiz Carlos Barreto, produtor - "Foi uma felicidade danada e muito bom para o cinema brasileiro por ser um cineasta da novíssima geração e uma atriz que representa todas as gerações. Esperamos que o ano que vem ele esteja no Oscar."

Arnaldo Jabor , cineasta e articulista da Folha - "Genial. Nós voltamos a exportar reflexão cinematográfica aos países desenvolvidos, como na época do cinema novo. Nossos filmes estão espalhados no mundo."

Othon Bastos, ator do filme - "As pessoas devem começar a se sentir orgulhosas não apenas pelo futebol e Copa do Mundo, mas por um outro departamento, chamado arte. O cinema brasileiro teve sua fase áurea no cinema novo e agora está começando a voltar a ela."

Daniela Thomas, cenógrafa e cineasta - "O máximo dos máximos. É um olhar sobre o país na contramão da globalização. Uma escalada na carreira do Walter. Ele domou a fera e tem uma consciência muito grande do que quer falar."

Carlos Reichenbach , cineasta - "É um grande exemplo de que o cinema brasileiro saiu do marasmo e pode ser cultura de ponta. E Walter fez um filme ao estilo de Rossellini, Renoir e dos primeiros Visconti."

Carlos Augusto Calil , professor de cinema na ECA-USP - "A vitória é politicamente muito importante. O cinema brasileiro sempre precisou de um reconhecimento no exterior para emplacar no país."



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