da Redação

Amor. Essa é a temática de todas as músicas do reggaeman da Costa do Marfim Alpha Blondy, segundo ele próprio. Ácidas críticas sociais e políticas perfazem toda a carreira desse artista considerado o "Bob Marley francês", tamanha sua popularidade na antiga metrópole do seu país natal.
Pelo nome do seu 11º álbum, "Yitzhak Rabin", fica claro que não é nos poderes da maconha que o disco é calcado.
Rabin era o premiê israelense quando foi assassinado em novembro de 95 por um estudante judeu contrário ao processo de paz com os palestinos.
Em francês, inglês ou no dialeto dioula, Blondy, se não dá um passo a frente com "Yitzhak Rabin", consolida sua reputação de porta-voz musical por uma África livre e unida.
Voz contrária ao aborto e à guerra, Blondy louva o ex-premiê israelense: "Rabin está vivo, ele é o começo e o fim", diz na faixa-título. Ao todo, o disco (com duras críticas ao exército francês) é formado por reggae "de raiz", sem arranjos muito elaborados, como em "Dieu".
Com Luke Dube, Blondy é o megafone internacional do seu continente, um artista que canta em hebreu para árabes e em árabe para platéias judias. "Deus é um", já disse.
(MARCELO NEGROMONTE)

Disco: Yitzhak Rabin
Artista: Alpha Blondy
Lançamento: Abril Music
Quanto: R$ 18, em média


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