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Brasil tem doutores no teatro
ERIKA SALLUM
da Reportagem Local
Em um dia de 1990, o verdadeiro
Patch Adams deu uma palestra nos
Estados Unidos. Na platéia, um
ator brasileiro se encantou com o
médico que, por meio do riso e da
alegria, lutava contra as doenças.
De volta ao Brasil, em 1991, o
paulistano Wellington Nogueira,
38, fundou os Doutores da Alegria,
uma organização sem fins lucrativos formada por 25 atores que, em
dez hospitais de São Paulo, Campinas e Rio, transformam o dia-a-dia
de pacientes-mirins em sorrisos.
A partir da crença de que o humor é essencial para superar traumas e reencontrar a alegria, os
Doutores visitam regularmente os
hospitais, promovendo desde
"transplante de nariz vermelho"
até a "transfusão de milk-shake".
"Para nós, um filme como esse
sobre o Patch Adams é importantíssimo, pois chama atenção para
aquilo que fazemos. Se até Hollywood já fez sua parte, agora o que
você fará?", afirma Nogueira -ou,
como é conhecido por seus amigos
nos hospitais, Dr. Zinho.
O ator conta que enviou um fax
para Patch Adams, informando
que o filme iria estrear no Brasil e
parabenizando seu trabalho. Dias
depois, Nogueira recebeu livros do
médico autografados e uma carta
escrita à mão por ele.
"Na carta, ele disse que nós,
clowns, precisamos nos unir no
mundo. E que, se organizarmos
um evento aqui no país, ele participará com prazer."
O trabalho dos Doutores da Alegria é tema do livro "Soluções de
Palhaços", de Morgana Masetti,
lançado no ano passado pela editora Palas Athena.
Com o objetivo de mostrar às
pessoas o que acontece quando um
grupo como esse passa a trabalhar
em hospitais, o livro é composto de
histórias baseadas em fatos reais.
Mais informações sobre os Doutores podem ser obtidas pelo telefone (011) 3061-5523.
Doutores na Internet: www.doutoresdaalegria.org.br
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