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TEATRO
A 13ª edição do prêmio destina R$ 8.000 aos vencedores em nove categorias; cidades têm cerimônias hoje e amanhã
Shell escolhe melhores de Rio e São Paulo
VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Rio de Janeiro e São Paulo conhecem, hoje e amanhã, os melhores profissionais da temporada teatral 2000 segundo o 13º Prêmio Shell (o mais importante vindo da iniciativa privada no país).
No Rio, a cerimônia acontece às
20h de hoje, no Copacabana Palace, sob direção do ator Emílio Di
Biasi. Em São Paulo, a premiação
é amanhã, no mesmo horário, no
restaurante Luciano Boseggia, dirigida pelo também ator Elias Andreato. As duas festas têm apresentação da atriz Christiane Torloni. O evento é para convidados.
São quatro concorrentes em nove categorias: autor, diretor, ator,
atriz, cenografia, música, iluminação, figurino e categoria especial. Os vencedores levam, cada
um, R$ 8.000. No ano passado, o
valor era de R$ 3.500. O orçamento total do prêmio é de cerca de R$
600 mil, incluindo as cerimônias.
Além de reforçar o caixa, a atual
edição do prêmio introduz homenagem especial a profissionais
que contribuíram para o teatro
brasileiro. A intenção, segundo
Simone Guimarães, 29, coordenadora de investimentos sociais da
Shell Brasil, é contemplar personalidades cujos trabalhos não se
encaixam na categoria especial,
voltada para projetos específicos.
No Rio, a escolhida é a diretora e
autora Maria Clara Machado,
fundadora do Tablado, escola de
teatro que completou 50 anos e
responde pela formação de profissionais e de platéias. Em São
Paulo, a homenageada é a atriz
Etty Fraser, que, além dos palcos,
mantém o Fundo de Assistência à
Classe Teatral, o Fact, que sobrevive sobretudo com doações.
A atual edição premia espetáculos apresentados entre 1º de dezembro de 99 e 30 de novembro
de 2000. Entre os cariocas (veja
quadro completo ao lado), Domingos de Oliveira concorre como autor, diretor, ator ("Separações") e na categoria especial, pela
direção artística do Teatro Planetário da Gávea. "A Máquina" disputa três prêmios: autora (Adriana Falcão), diretor (João Falcão) e
iluminação (Ney Bonfanti).
Em São Paulo, destaca-se "Apocalipse 1,11", do grupo Teatro da
Vertigem, que concorre em oito
categorias: autor (Fernando Bonassi), diretor (Antônio Araújo),
ator (Luis Miranda), atriz (Mariana Lima), iluminação (Guilherme
Bonfanti), figurino (Fábio Namatame), música (Laércio Resende)
e categoria especial (todo o grupo,
pela pesquisa de linguagem cênica que desenvolve desde 92).
A Folha também é indicada para a categoria especial paulista,
pelo ciclo Leituras de Teatro, que
realiza desde 96 em seu auditório.
As indicações para o Shell acontecem em duas etapas do respectivo ano: o júri aponta dois nomes
para cada categoria no primeiro
semestre e outros dois no segundo. Os vencedores são definidos
no dia da entrega do prêmio.
No Rio, os jurados são o professor Bernardo Jablonsky, o crítico
Lionel Fischer, a atriz Maria Fernanda Meireles, a produtora Fabiana Valor e o diretor e dramaturgo Sérgio Fonta. Em São Paulo,
a crítica Maria Lúcia Candeias, a
diretora e pesquisadora Maria
Lúcia Pereira, o produtor Celso
Curi, a professora Silvana Garcia e
o dramaturgo Aimar Labaki.
Rumores, dois anos atrás, davam conta da interrupção do prêmio, criado em 89. A coordenadora de investimentos sociais da
Shell os atribui ao cancelamento
de outros prêmios importantes da
área, como o Sharp. Simone Guimarães diz que a Shell Brasil passou por reestruturação recente e
manteve o projeto como uma das
prioridades na área cultural, bem
como o Shell de Música, entregue
sempre no final do ano, desde 82.
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