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Versão da história para o iPad pode frustrar os adultos
DA REPORTAGEM LOCAL
Tão inusitado como mergulhar pela primeira vez no mundo de "Alice no País das Maravilhas" é se perder no universo
tecnológico do iPad. Misturar
as duas experiências, no entanto, pode ser frustrante.
Uma empresa de aplicativos
de iPhone e iPad lançou no começo do mês um programa para ler a história de Lewis Carroll no novo "tablet" da Apple.
Entusiastas chamaram a novidade de revolucionária, que
irá aposentar os simpáticos livrinhos "pop-up", em que as figuras saltam das páginas de
maneira meio desengonçada.
De fato, é um jeito novo de ler
uma história, em especial um
conto infantil, daqueles para
contar na beira da cama, antes
de a criança dormir. O usuário/
leitor balança a tela e um desenho de Alice balança um porco-bebê nos braços. O gato listrado
some e aparece, enquanto letras tradicionais surgem nas
páginas eletrônicas. Cogumelos, bolinhos e pílulas escorregam na tela, basta virar o iPad
de ponta cabeça, de lado.
Já para um adulto, poderá ficar meio estranho ler um livro e
chacoalhá-lo ao mesmo tempo,
no meio do escritório ou num
ponto de ônibus, em busca de
criaturinhas que se mexem.
Os brasileiros, por enquanto,
terão dificuldade em acessar o
aplicativo, já que é necessário
um cartão de crédito internacional cuja fatura seja entregue
nos EUA. Após algumas horas
tentando pescar uma conexão
Wi-Fi, a reportagem leu "Alice", em inglês, com o cartão de
uma colega. Há uma versão gratuita, de poucas páginas, e uma
paga, de 52 páginas, por US$ 9
(cerca de R$ 16).
(FERNANDA EZABELLA)
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