DA REPORTAGEM LOCAL

Principal homenageado deste 6º Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco, Keno Don Rosa será também o presidente da comissão que escolherá os trabalhos vencedores nas categorias charge, cartum, caricatura e histórias em quadrinhos.
Concorrem obras de artistas de mais de 20 países, escolhidas entre as cerca de 700 enviadas para o festival neste ano. Destas, 250 ficarão em exposição ao longo de quatro salas do Observatório Cultural Malakoff, em Recife, onde o evento se realiza desde 2000.
Os quadrinhos de Don Rosa estarão divididos em outras duas salas: uma para as pranchas de "A Saga do Tio Patinhas" e outra para os trabalhos anteriores à sua fase Disney, na década de 70.
Também estão programadas uma exposição com trabalhos de cartunistas do Nordeste e uma coletiva com outros três convidados do festival, Lourenço Mutarelli, Samuel Casal e Cláudio Oliveira, que participarão de oficinas no local.
Por fim, a mostra traz reproduções de raridades, como a primeira charge brasileira, publicada em "O Carcundão", em maio de 1831, e outras gravuras do século 19.
"Queremos oferecer parâmetros de qualidade para os quadrinistas nordestinos, que [até a criação do festival] tinham pouco acesso ao que é produzido fora do âmbito comercial", afirma o cartunista Lailson de Holanda, 51, coordenador do evento. "A capacidade de adaptação aos diferentes estilos de HQ, desde o ortodoxo super-herói até o mangá, passando pelo infantil, é uma qualidade indiscutível dos brasileiros, que poderia ser mais bem aproveitada pelos editores", critica. (DA)