DA REDAÇÃO

Não há como negar. Goste-se ou não, "Sex and the City" virou referência da televisão recente. Além dos méritos puramente dramáticos, essa série fez (e ainda faz) sua fama em cima da idealização de uma mulher moderna.
Vem daí a longa vida prevista para produtos pós-fim de série, como o livro "A Nova York de Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda" (ed. Arx), da jornalista Teté Ribeiro, que teve colaboração do jornalista Marcelo Bernardes e da fotógrafa Mabel Feres.
A idéia surgiu durante o período em que Ribeiro morou em Nova York. No começo, a lógica foi a mesma de um fã que visita uma cidade relacionada ao seu objeto de culto. "Achava divertido conhecer os restaurantes, bares, docerias e lojas que apareciam em "Sex and the City'", diz.
Como o título sugere, o livro é uma espécie de guia, dividido em duas partes. Em uma delas, um guia da cidade, dividido em seções, indica endereços de lugares mencionados na série, relacionando o contexto em que eles apareceram no programa.
Para os fãs que se deliciam com os vestidos, sapatos e a idéia de sofisticação transmitida pelas personagens, o livro é verdadeiro roteirão com destino ao paraíso.
Na outra parte, a autora faz um guia de episódios, com curiosidades e histórias de bastidores. "Nos episódios que se passam em Los Angeles, os produtores queriam a participação de um ator famoso de Hollywood para interpretar a si mesmo, como um ator metido e oportunista que quer levar a coluna de Carrie para o cinema e interpretar Mr. Big. Nove atores foram convidados e disseram "não", entre eles Alec Baldwin, John Travolta e George Clooney. Quem acabou topando e fazendo as cenas foi Matthew McConaughey [no episódio "Escape from New York']", relata a jornalista.
E, para quem não tem planos de visitar Nova York tão cedo, o livro traz como consolo comentários sobre os personagens e todas as temporadas do programa.

Identificação
Teté Ribeiro tem uma explicação simples para o sucesso do imaginário de "Sex and the City". "Aquelas mulheres têm um estilo de vida muito especial: elas são independentes, têm sucesso profissional, ganham bem, moram em Nova York, longe da família, têm ótimas amigas, freqüentam os melhores lugares, são bonitas e bem cuidadas e têm imensos guarda-roupas", diz.
São super-heroínas modernas, à prova de defeitos mundanos, portanto? "A única área da vida que pode apresentar alguma confusão é a amorosa e sexual. Se cada mulher solteira tem uma história sexual bizarra a cada ano, as quatro têm uma por semana."
E, afinal, para qual personagem masculino ela torcia? "Sempre torci para o Mr. Big." (BYS)