São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice CDs Instrumental Impressão de Choro MAOGANI Gravadora: Biscoito Fino; Quanto: R$ 28,90, em média; Avaliação: ótimo Em 2005, o virtuosismo exuberante de Marcus Tardelli deu lugar a Maurício Marques, mas o quarteto de violões Maogani não deixou a peteca cair, como mostra este disco -o primeiro da nova formação do conjunto, que traz 18 obras que dialogam com o universo do choro. Contando com participações especiais de nomes como Proveta e Pedro Amorim, clássicos como Ernesto Nazareth ("Ouro sobre Azul"), Villa-Lobos ("Tristorosa", em saborosa transcrição de Carlos Chaves), Radamés Gnattali ("Por Quê?") e Joaquim Callado ("Saudades de Valença", uma deliciosa quadrilha) recebem novas roupagens, ao lado de chorões contemporâneos do nível de Guinga, Sergio Assad e Maurício Carrilho (ele assina a produção do disco ao lado do quarteto). POR QUE OUVIR: A combinação de refinamento sonoro, senso de estilo e vivacidade rítmica faz da audição do Maogani puro prazer. (IRINEU FRANCO PERPETUO) Pop A Redenção dos Corpos VIOLINS Gravadora: Monstro; Quanto: R$ 20; Avaliação: ruim Se você fosse chutar, que estilo musical diria que está por trás de faixas com nomes como "Padre Pedófilo", "Rei Pornô" e "Problema Meu"? Punk, metal, talvez hip hop? Surpresa: é uma baba tipo KLB. É inacreditável ouvir o vocalista cantando "Você quer ver se sou um bom ator/Dê passagem ao rei pornô" com aquela voz de "cantor romântico" e uma base de violão e teclados sem vergonha, se levando totalmente a sério. A julgar pelas resenhas e comentários na internet, os goianos do Violins têm seus fãs e um disco anterior, "Tribunal Surdo", que é melhor do que este. Talvez. Mas, começando por aqui, certamente o ouvinte não vai querer tentar mais nada deles. POR QUE NÃO OUVIR: Propaganda enganosa para quem espera um som que se equipare aos títulos das faixas -que são bobos, mas pelo menos tentam provocar. A única coisa que não engana é o nome do álbum, "A Redenção dos Corpos", que é, de fato, tão pretensioso quanto o que está dentro dele. (MARCO AURÉLIO CANÔNICO) Texto Anterior: Música: Áurea Martins canta seu repertório noturno Próximo Texto: Conexão Pop - Thiago Ney: Teoria da independência Índice

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