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SIM SIM SIM
Em entrevista, integrantes do Yeah Yeah Yeahs falam de diferenças na banda, Strokes e convite para tocar no Brasil
"Sexo é quase um personagem", diz Karen O
MARCELO FORLANI
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Leia abaixo trechos da entrevista com Karen O, Nick Zinner e
Brian Chase, do Yeah Yeah Yeahs,
realizada em Londres.
Folha - Como vocês descreveriam
o Yeah Yeah Yeahs para as pessoas
que nunca ouviram falar de vocês?
Karen O - Que tal festa para seus
ouvidos? Nós começamos a banda com este intuito: festejar. É o tipo de música que você toca antes
de sair para a balada. É a nossa
versão de rock'n'roll e dance fundidos um ao outro.
Folha - No Brasil, o EP ("Yeah
Yeah Yeahs") de vocês não foi lançado. As pessoas que conhecem o
YYY só ouviram as músicas porque
pegaram na internet. O que vocês
acham do download de MP3?
Brian Chase - Num mundo perfeito, as músicas seriam de graça.
Folha - Por que vocês não incluíram as músicas do EP no álbum?
Chase - São discos completamente diferentes. O EP foi gravado dois anos atrás, e o LP, há uns
seis meses. Não fazia sentido colocarmos aquelas músicas no álbum. Seria como trapacear todas
as pessoas que compraram o EP.
Folha - Qual a diferença da banda
daquela época para agora?
Chase - O EP foi gravado como
uma "demo". Fazia só uns quatro
meses que a gente estava junto.
Nós gravamos tudo em uns dois
dias. O álbum foi mais complexo.
Karen - Naquela época só queríamos fazer uma música bem suja. Éramos daquele jeito, bem cru.
Folha - O sucesso dos Strokes ajudou vocês?
Karen - Acho que sim. Embora
os Strokes não sejam, na verdade,
parte da mesma cena que nós.
Quando estou falando de cena,
me refiro à vida noturna, aos
clubs de rock e dance. Acho que
só vi os Strokes uma vez.
Folha - Vocês começaram a escrever músicas para o segundo disco?
Chase - Nós nem pensamos em
gravar um disco novo, mas já estamos criando umas músicas.
Folha - É verdade que o Marilyn
Manson chamou vocês para abrir
uma turnê dele no Brasil e vocês
não toparam?
Nick Zinner - O convite existiu,
sim. Chamaram a gente para tocar num festival no Brasil, mas foi
numa época que não dava para ir.
Folha - Por quê? Vocês estavam
gravando?
Zinner - Estávamos em turnê.
Folha - Você é sexy no palco. Faz
parte do marketing da banda?
Karen - Ah, obrigada... Bem, o
lance é que sexo é tudo. É natural.
É quase um personagem. Chega a
ser estranho porque às vezes eu
saio do palco, e as pessoas que
acabaram de me ver não me reconhecem, e eu ainda estou usando
a mesma roupa e tal. É uma coisa
meio Superman-Clark Kent.
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