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São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 2003

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SIM SIM SIM

Em entrevista, integrantes do Yeah Yeah Yeahs falam de diferenças na banda, Strokes e convite para tocar no Brasil

"Sexo é quase um personagem", diz Karen O

MARCELO FORLANI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Leia abaixo trechos da entrevista com Karen O, Nick Zinner e Brian Chase, do Yeah Yeah Yeahs, realizada em Londres.

Folha - Como vocês descreveriam o Yeah Yeah Yeahs para as pessoas que nunca ouviram falar de vocês?
Karen O -
Que tal festa para seus ouvidos? Nós começamos a banda com este intuito: festejar. É o tipo de música que você toca antes de sair para a balada. É a nossa versão de rock'n'roll e dance fundidos um ao outro.

Folha - No Brasil, o EP ("Yeah Yeah Yeahs") de vocês não foi lançado. As pessoas que conhecem o YYY só ouviram as músicas porque pegaram na internet. O que vocês acham do download de MP3?
Brian Chase -
Num mundo perfeito, as músicas seriam de graça.

Folha - Por que vocês não incluíram as músicas do EP no álbum?
Chase -
São discos completamente diferentes. O EP foi gravado dois anos atrás, e o LP, há uns seis meses. Não fazia sentido colocarmos aquelas músicas no álbum. Seria como trapacear todas as pessoas que compraram o EP.

Folha - Qual a diferença da banda daquela época para agora?
Chase -
O EP foi gravado como uma "demo". Fazia só uns quatro meses que a gente estava junto. Nós gravamos tudo em uns dois dias. O álbum foi mais complexo.

Karen - Naquela época só queríamos fazer uma música bem suja. Éramos daquele jeito, bem cru.

Folha - O sucesso dos Strokes ajudou vocês?
Karen -
Acho que sim. Embora os Strokes não sejam, na verdade, parte da mesma cena que nós. Quando estou falando de cena, me refiro à vida noturna, aos clubs de rock e dance. Acho que só vi os Strokes uma vez.

Folha - Vocês começaram a escrever músicas para o segundo disco?
Chase -
Nós nem pensamos em gravar um disco novo, mas já estamos criando umas músicas.

Folha - É verdade que o Marilyn Manson chamou vocês para abrir uma turnê dele no Brasil e vocês não toparam?
Nick Zinner -
O convite existiu, sim. Chamaram a gente para tocar num festival no Brasil, mas foi numa época que não dava para ir.

Folha - Por quê? Vocês estavam gravando?
Zinner -
Estávamos em turnê.

Folha - Você é sexy no palco. Faz parte do marketing da banda?
Karen -
Ah, obrigada... Bem, o lance é que sexo é tudo. É natural. É quase um personagem. Chega a ser estranho porque às vezes eu saio do palco, e as pessoas que acabaram de me ver não me reconhecem, e eu ainda estou usando a mesma roupa e tal. É uma coisa meio Superman-Clark Kent.


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