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Banda estimula chutes, saltos e vontade de sair
DO COLUNISTA DA FOLHA
Diga "sim, sim, sim" ao
Yeah Yeah Yeahs. O recém-chegado disco "Fever to
Tell" é o digno sacramento do
novo rock, esse que começou lá
atrás em 2000/2001 com os
Strokes e que continua com a
mania de elevar ao estrelato
bandas que nem CD lançado
têm e que, quando enfim conseguem juntar um número de
músicas suficientes para encher
um disco, provam ser mesmo
espetaculares.
A arte moderna de transformar guitarra barulhenta e vocais estridentes em hinos para
tocar em rádio e pistas de dança
está toda ela muito bem representada nesse álbum de estréia
dessa banda que reside a uma
viagem curta de metrô do MoMA (Museu de Arte Moderna,
em inglês), de Nova York.
Canções
Pode escolher qualquer uma
para virar sua canção favorita:
"Date with the Night", "Tick",
"Black Tong", "Pin", "Cold
Night". Ou a fantástica "Y-Control". Ou "Maps", a doce "love
song" do disco.
Por onde quer que se olhe
(ouça), o poderoso som de estirpe punk+garagem desse trio
de garotos do Brooklyn chega a
comover os que acompanham
o rock desde a sacudida que o
gênero levou no finalzinho da
década, século passado.
Tirando tudo que já foi dito
aqui sobre a vocalista Karen O,
vale dizer que impressiona a
virtuose e o casamento das habilidades do guitarrista Nick
Zinner e do baterista Brian Chase. No Yeah Yeah Yeahs não
existe a figura do baixista.
Por sobre essa energia jovem
e excitante emulada pelos instrumentos de Zinner e Chase,
Karen canta, berra, enlouquece,
sussurra coisas como: "Eu tenho um compromisso com a
noite"; "Eu sou rica, garoto, e
vou levá-lo para sair".
Você tem um ouvido para o
rock e está precisando de algo
que te empurre a dançar, chutar, pular, sair? "Fever to Tell" é
a recomendação.
(LÚCIO RIBEIRO)
Avaliação:
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