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São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 2003

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Banda estimula chutes, saltos e vontade de sair

DO COLUNISTA DA FOLHA

Diga "sim, sim, sim" ao Yeah Yeah Yeahs. O recém-chegado disco "Fever to Tell" é o digno sacramento do novo rock, esse que começou lá atrás em 2000/2001 com os Strokes e que continua com a mania de elevar ao estrelato bandas que nem CD lançado têm e que, quando enfim conseguem juntar um número de músicas suficientes para encher um disco, provam ser mesmo espetaculares.
A arte moderna de transformar guitarra barulhenta e vocais estridentes em hinos para tocar em rádio e pistas de dança está toda ela muito bem representada nesse álbum de estréia dessa banda que reside a uma viagem curta de metrô do MoMA (Museu de Arte Moderna, em inglês), de Nova York.

Canções
Pode escolher qualquer uma para virar sua canção favorita: "Date with the Night", "Tick", "Black Tong", "Pin", "Cold Night". Ou a fantástica "Y-Control". Ou "Maps", a doce "love song" do disco.
Por onde quer que se olhe (ouça), o poderoso som de estirpe punk+garagem desse trio de garotos do Brooklyn chega a comover os que acompanham o rock desde a sacudida que o gênero levou no finalzinho da década, século passado.
Tirando tudo que já foi dito aqui sobre a vocalista Karen O, vale dizer que impressiona a virtuose e o casamento das habilidades do guitarrista Nick Zinner e do baterista Brian Chase. No Yeah Yeah Yeahs não existe a figura do baixista.
Por sobre essa energia jovem e excitante emulada pelos instrumentos de Zinner e Chase, Karen canta, berra, enlouquece, sussurra coisas como: "Eu tenho um compromisso com a noite"; "Eu sou rica, garoto, e vou levá-lo para sair".
Você tem um ouvido para o rock e está precisando de algo que te empurre a dançar, chutar, pular, sair? "Fever to Tell" é a recomendação.
(LÚCIO RIBEIRO)


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