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Longas turnês marcam vida de dançarinos
DA ENVIADA A LONDRES
Anton Korsakov tem 21
anos. Em cena, seus passos
ficam "cheios de energia" e
ele esquece todo o cansaço.
Mas o cotidiano é duro, sobra pouco tempo para qualquer coisa que não o balé.
O Kirov faz longas turnês.
Em Londres, dançaram 32
espetáculos em 40 dias. Antes, estiveram no México,
Espanha, Grécia e França. O
Brasil é o último porto, antes
das férias de 15 dias.
"Está ficando cada vez
mais difícil encontrar tempo
para descansar", diz Diana
Vishneva. "Todo o tempo
que sobra é para guardar
energia, me concentrar."
"A dança é uma profissão
de jovens", lembra Igor Zelensky, estrela internacional,
que mantém sua ligação
com o Kirov e é artista convidado do Royal Ballet e do
New York Ballet Theatre, entre outros. Zelensky fez 31
anos e já começa a se preocupar com o futuro.
Faroukh Ruzimatov, com
38 anos, é o veterano do Kirov: "Meus planos são: não
fazer planos".
A dança dura pouco. Algumas centenas de horas no
palco, alguns anos de vida.
Depois se libera do tempo na
memória de todos nós.
(IB)
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