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CRÍTICA
Silent Bob está rico e menos engraçado
DE NOVA YORK
Kevin Smith é um dos
poucos diretores dos
EUA que fazem cinema como quem faz história em
quadrinhos, o que divide
seus espectadores entre
quem gosta de HQ (portanto
gosta de seus filmes) e quem
não suporta (idem).
Frequentemente, seus roteiros viram gibis ou são inspirados por quadrinhos já
existentes. Foi assim em "O
Balconista" e "Dogma", por
exemplo, é assim neste "O
Império (Do Besteirol) Contra-Ataca".
Aqui, conta-se a saga dos
personagens recorrentes Jay
(Jason Mewes) e Silent Bob
(o próprio Smith) na tentativa de sabotar a produção de
um filme de Hollywood
quando descobrem que são
o tema central da obra, mas
não ganharão um tostão.
É o pretexto para as três características básicas dos filmes de Smith: situações cômicas, diálogos cortantes e
irônicos e muita ponta de
gente famosa (Ben Affleck,
Chris Rock, Alanis Morissette, Gus Van Sant, a lista é
imensa). E mulheres.
A diferença entre "Império" e "O Balconista", seu
primeiro longa, de 1994, no
entanto, é ao mesmo tempo
a salvação e a derrocada do
novo filme: agora o diretor
tem muito mais dinheiro do
que jamais sonhou.
Assim, se por um lado
conta com orçamento (US$
22 milhões, contra US$ 27
mil de "Balconista") para
realizar sonhos antigos, como colocar a dupla central
para andar de bicicleta à
"E.T.", por outro perdeu um
pouco a espontaneidade e a
simplicidade que fizeram
sua fama. Ainda assim, é
bastante assistível.
(SÉRGIO DÁVILA)
O Império (do Besteirol)
Contra-Ataca
Jay and Silent Bob Strike Back
Produção: EUA, 2002
Direção: Kevin Smith
Com: Kevin Smith, Jason Mewes, Shanon Elizabeth
Quando: a partir de hoje nos cines Anália Franco 9, Belas Artes,
Central Plaza 1, Cinearte 1, Interlagos 2 e circuito
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