SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL

A análise, pelo Ministério da Cultura, da prestação de contas do uso de dinheiro público na produção cinematográfica brasileira identificou problemas em 8,18% dos projetos avaliados.
São 41, entre 501, os processos até agora remetidos à tomada de contas especial, pente-fino usado na averiguação de contas com suspeita de irregularidade.
O número pode crescer, já que há 17 processos em análise financeira, quatro aguardando análise e outros 41 dados como analisados e diligenciados pelo MinC. São 402 os aprovados.
As prestações de contas são da aplicação de recursos obtidos com o benefício da renúncia fiscal, por meio das leis Rouanet e do Audiovisual. De 96 a 2001, foram captados, pelas duas leis, R$ 464,8 milhões para a produção audiovisual. Os projetos aprovados no período foram 2.036.
Entre os que estão em tomada de contas especial, há filmes que não foram concluídos nem lançados e produções que chegaram às telas, mas ainda não comprovaram a correta aplicação do dinheiro incentivado.
"Chatô", o mais notório dos casos, não faz parte da lista. Seu processo já foi arquivado pelo Tribunal de Contas da União.

PREMIÈRES

Competem no Festival do Rio BR pelos R$ 200 mil para longa de ficção: "Amarelo Manga", "Desmundo", "Dois Perdidos numa Noite Suja", "Madame Satã", "Querido Estranho", "Seja o que Deus Quiser" e "Separações". Na disputa pelos R$ 100 mil ao melhor documentário estão: "Banda de Ipanema", "A Cobra Fumou", "Edifício Master", "Ônibus 174" e "Poeta de Sete Faces".

INTENÇÕES

A Ancine negocia com o Instituto Mexicano de Cinematografia acordo de co-produção entre os dois países.

UNI-VOS

Carlos Reichenbach filma desde ontem e pelas próximas oito semanas "Aurélia Schwarzenega", crônica operária que tem a estreante Michele Valle no papel-título e Selton Mello no elenco.

O TAMANHO DO MUNDO

José Roberto Torero conclui em setembro "O Mundo Cabe numa Cadeira de Barbeiro", documentário para a TV sobre a vida de estrangeiros de seis etnias que compõem o mosaico humano de São Paulo. Dão depoimentos um italiano, uma síria, um japonês, uma boliviana, um português e um espanhol.


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