São Paulo, segunda-feira, 23 de agosto de 2004

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FILMES

Evolução
Globo, 22h10.
 
(Evolution). EUA, 2001, 102 min. Direção: Ivan Reitman. Com Michael Bower, Julianne Moore, David Duchovny. Julianne Moore é a cientista que lidera grupo que tenta descobrir que fim vamos dar aos organismos que chegaram à Terra com um meteoro que caiu no Novo México. Já os organismos sabem mais ou menos o que fazer: adaptam-se rapidamente ao novo ambiente, multiplicam-se, evoluem. Enfim, são um perigo. A originalidade não é certamente a meta deste filme dirigido pelo ex-companheiro de aventuras de David Cronenberg. Inédito.

Doping
SBT, 2h40.
  
(Rebond: The Legend of Earl "The Goat" Manigault). EUA, 1996, 120 min. Direção: Eriq la Salle. Com Don Cheadle, Forest Whitaker. Biografia de Earl Manigault, jogador de basquete talentosíssimo, consumido pelo vício. Ou: as durezas da ascensão social pelo esporte. Feito para TV. (IA)

Um fotógrafo da natureza

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Desde "Central do Brasil", adotamos Walter Carvalho como o fotógrafo oficial da nação. Não há festival em que não seja premiado, consagrado, incensado.
É um hábito nacional: houve o momento Lauro Escorel, depois o Pedro Farkas e assim por diante. Daí, passa o tempo e parece que eles não são ou não foram ninguém.
"A Ostra e o Vento" (Canal Brasil, 21h), que Walter Lima Jr. dirigiu, não seria um tão belo filme sem a sensibilidade particular de Farkas para a natureza. Daí o casamento perfeito com Walter Lima, que é também, antes de tudo, um cineasta da natureza.
Na história da menina que vive em um farol e que, por solitária, se torna amante do vento, Farkas é em grande parte responsável por quase vermos fisicamente esse vento.


MÚSICA

Especial desvenda sucesso de Darkness

THIAGO NEY
DA REDAÇÃO

Justin Hawkins tem uma antiteoria a respeito do enorme sucesso de seu grupo, o Darkness: "Alguns especialistas tentaram explicar até contextualizando com o momento político da Inglaterra, mas, no final das contas, acho que estouramos apenas porque sabemos como entreter as pessoas".
Não dá para fugir muito disso, mesmo. Ou dá para teorizar em cima de uma banda de quatro caras vestindo macacões coloridos, tocando solos de guitarra em meio a máquinas de fumaça, com vocal em falsete e que se tornou "o" nome do rock em 2003?
Não dá para ficar indiferente ao Darkness, e é um pouco disso o que mostra o programa "Planet Rock Profile", hoje à tarde, no canal pago Eurochannel.
O quarteto começou a ser comentado no final de 2002. Seu hard rock quase "farofa", típico de um Def Leppard em estádios nos anos 80, instigava desavisados nos pubs ingleses.
"Queríamos crescer por fora dos parâmetros musicais", diz Hawkins. Os quatro conseguiram gravar o disco, "Permission to Land", de forma independente, por 20 mil libras, em duas semanas. Eles estavam "fora dos parâmetros", e ninguém na Inglaterra se interessou em lançá-los.
A esperança veio dos EUA. Os organizadores do South by Southwest, evento anual que gira em torno da indústria da música, no Texas, ouviram uma demo da banda, gostaram e escalaram o Darkness para tocar no festival.
Foi o suficiente para iniciar forte boca a boca que atravessou o Atlântico e, em 2003, eles assinaram com uma grande gravadora. Lançado no meio do ano passado, "Permission to Land" entrou direto no topo da parada britânica -feito não muito comum para um disco de estréia.
Não é sempre que uma banda como o Darkness chega lá. "Fazia aulas de guitarra, e a mulher do meu professor era vidente. Nem ela conseguiu prever o que iria acontecer", resume Hawkins.


PLANET ROCK PROFILE. Quando: hoje, às 15h, no Eurochannel.


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