KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Companhias de dança do Brasil e de outros sete países participam da 3ª Bienal de Dança do Ceará, que vai de hoje até o dia 29, em Fortaleza e em Sobral.
Pela primeira vez, a companhia de dança contemporânea francesa Association Edna/Dimitri Chamblas - Boris Charmatz, uma das mais bem conceituadas da Europa, estará em um palco brasileiro. A estréia será com o espetáculo "A Bras le Corps", atualmente em cartaz em Paris.
O espetáculo "Le Sacre", do grupo belga As Palavras, faz sua estréia mundial no Brasil. O coreógrafo é o brasileiro Cláudio Bernardo, que traz ao palco uma mistura da música de Igor Stravinsky com tecno e batidas de rituais africanos. Outra estréia no Brasil é a de "Intertwining", do coreógrafo austríaco Willi Dorner.
Ao todo, serão 13 companhias de dança vindas da França, Bélgica, Costa Rica, Holanda, Suíça, Alemanha e Áustria.
O principal representante do Ceará é a coreografia "Duas Estações", da companhia Edisca. O grupo, idealizado pela coreógrafa Dora Andrade, é formado por meninas de baixa renda, que, além de aprender a dançar, recebem atendimento de saúde e educação pelo projeto.
A companhia Quasar, de Goiás, traz ao público o espetáculo "Mulheres", que no ano passado foi premiado pelo Instituto Nacional de Belas Artes da Universidade Autônoma Nacional, do México.
O Ballet da Cidade de São Paulo apresenta "Divinéia", criado este ano pelo coreógrafo Jorge Garcia, "Lac", um pas-des-deux de Sandro Borelli, e "Axioma 7", com coreografia de Ohad Naharin para música de Bach.
As outras companhias a se apresentar são a Elshout/Händeler, da Holanda, Cia. Diquis Tiquis, da Costa Rica, Cia. Tábula Rasa e Staccato Cia. de Dança, ambas do Rio, Solos Cearenses, do Ceará, Cia. Linga, da Suíça, e Cia. baSiraH, de Brasília.
Além das apresentações de dança, a bienal terá debates, workshops, seminários, exposições de fotos e palestras. Os percussionistas Naná Vasconcelos e Mingo Araújo e a banda Coco Zambê, do Rio Grande do Norte, também participam do evento.