São Paulo, terça-feira, 23 de outubro de 2001

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VIDA BANDIDA

Eu te amo

VOLTAIRE DE SOUZA

Mundo em crise. Mais do que nunca, tornam-se importantes as telecomunicações. O marido de Fabíola viajava muito. Ela vivia preocupada. "Não esquece o celular, Bernardinho." Ele não esquecia. O Boeing voava sobre uma cordilheira. Vales e curvas. Bernardinho pensou na Nasdaq e na mulher. Ligou o celular. Deixou uma mensagem. "Eu te amo. Só isso." Quando pegou o recado, Fabíola ficou nervosa. "É sequestro. Ou desastre." De fato, o marido não costumava deixar mensagens de amor. "Ele sempre foi um bestalhão." Horas depois, Bernardinho desembarcava tranquilamente em Cumbica. Fabíola estrilou. "Como assim? Nenhum acidente? Só nhenhenhém?" A troca de sopapos determinou o fim do casamento. Carinho nem sempre é normal.



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