São Paulo, quarta-feira, 23 de outubro de 2002

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"Propomos um sistema nacional de cultura"

MARCELO REZENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

Marco Aurélio Garcia, 60, secretário da Cultura do município de São Paulo e membro da Executiva Nacional do PT, falou à Folha sobre o Programa de Políticas Públicas de Cultura, divulgado na última segunda-feira pelo Partido dos Trabalhadores.

Folha - O programa divulgado pelo PT mostra o retorno mais efetivo do Estado no campo cultural. Isso pode ser visto como centralização?
Marco Aurélio Garcia -
Não, não estamos pretendendo nenhuma centralização, mesmo porque isso é algo que não funciona. Estamos, inclusive, propondo um modelo de descentralização. Nossa proposta é um sistema nacional de cultura, e isso implica envolvimento de todos os Estados e municípios. Estes têm características partidárias e políticas totalmente diferenciadas. Logo, é uma parceria que estamos querendo estabelecer com todos os Estados e municípios, socializando as responsabilidades.

Folha - No programa há a proposta de criação de um SUS (Sistema Único de Saúde) para a cultura. O que seria isso?
Garcia -
Como o SUS funciona? Há verbas federais, estaduais e municipais. Elas conjugam para uma política de saúde. Nós podemos então fazer uma conjugação de verbas para tipos de política que sejam, consensualmente, consideradas políticas importantes. Podemos, por exemplo, montar bibliotecas da seguinte forma: a Federação entrará com com acervo, informatização; o Estado construirá o prédio e o município pagará o salário das bibliotecárias, do pessoal.


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