São Paulo, domingo, 23 de outubro de 2005

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TIM CLUB

Dona Ivone é a estrela em noite fria como a chuva

RONALDO EVANGELISTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Muita gente continuava chegando e apenas metade da lotação estava tomada quando começou a primeira noite do "palco jazz" do Tim Festival em São Paulo -a noite "eclética".
Primeiro veio a terceira idade animada dos Conga Kings, encontro de três superstars do jazz latino. Muita percussão e standards do jazz afro-cubano empolgaram razoavelmente quem lá estava e quem ia entrando.
A sambista Dona Ivone Lara veio na seqüência cantando um elegante samba de gala, em show sereno e bonito, acompanhada do piano cheio de bossa de Leandro Braga. Ao final, o público morno -formado em sua maioria por jovens adultos bem-vestidos e bem-comportados- teve seu momento mais animado, aplaudindo de pé a cantora de 84 anos, estrela da noite.
Enquanto o público ia debandando, o último show foi levado em ritmo de blues e funk pelo cantor e pianista de Nova Orleans Dr. John, com interlúdios para mise-en-scènes invocando um vodu da Louisiana para gringo ver. O bis aconteceu para não mais do que 50 pessoas.
Em quase quatro horas de shows, quase nada se falou com o público além dos habituais "boa noite" e "obrigado". Se ninguém saiu insatisfeito, também parece improvável que tenha sido um acontecimento memorável. Noves fora, foi uma noite tão fria quanto a chuva que caía.


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