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Corpo de Amilcar de Castro é enterrado em BH
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM BELO HORIZONTE
O corpo do artista plástico
Amilcar de Castro, morto anteontem, aos 82 anos, foi enterrado no
final da tarde de ontem, no Cemitério do Bonfim, zona leste de Belo Horizonte (MG). Cerca de cem
pessoas, entre ex-alunos, artistas,
admiradores e familiares, estiveram no local, perto das 15h45, para se despedir do escultor.
Amilcar morreu no fim da noite
de quinta, vítima de complicações
decorrentes de uma insuficiência
cardíaca. Ficou 15 dias internado
na CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital Felício Rocho.
Amilcar estava sendo mantido vivo por meio de aparelhos.
Abalados, os três filhos e a mulher do artista deixaram o cemitério rapidamente. "Meu pai deixa
uma mensagem de inovação. Ele
sempre foi de vanguarda", disse
Rodrigo Castro, 47.
Na opinião da diretora do Museu de Arte da Pampulha, Priscila
Freire, o escultor pode ser considerado uma espécie de "Aleijadinho contemporâneo". "Ele se tornou a voz mais forte da arte do
nosso tempo", disse.
O governador Itamar Franco,
que estava em Brasília, não pôde
ir ao enterro. No seu lugar, foi enviado o Secretário de Estado da
Cultura, Ângelo Oswaldo, que,
por problemas com seu carro,
chegou com uma hora de atraso.
(LEONARDO WERNER)
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