São Paulo, domingo, 23 de novembro de 2008

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memória

"Jeito brasileiro" foi iniciado por "Beto Rockfeller"

DA REPORTAGEM LOCAL

Já faz 40 anos que foi criado o "jeito brasileiro" de fazer novelas, como define o doutor em teledramaturgia Mauro Alencar.
Em novembro de 1968 entrou no ar na TV Tupi "Beto Rockfeller", que rompia com a tradição inspirada em Cuba de produzir histórias mirabolantes e desconectadas da realidade contemporânea.
Escrita por Bráulio Pedroso a partir de sinopse de Cassiano Gabus Mendes, a história era protagonizada por Luiz Gustavo, com diálogos coloquiais e conflitos do cotidiano.
Foi inovadora, lembra Alencar, entre outras razões, por dar espaço à improvisação dos atores nas gravações, ter criado o merchandising e não restringir as cenas aos estúdios e as levar às ruas e a outros ambientes.
Os autores de "Pantanal - A Reinvenção da Telenovela", Arlindo Machado e Beatriz Becker, também citam "Beto Rockfeller" como inovadora por conceber "personagens mais convincentes, diálogos mais próximos da fala cotidiana e situações mais condizentes com a realidade vivida pelo povo", além de ter introduzido a figura do "anti-herói".

Indústria
Em tempos de reality shows e exportação de formatos, a telenovela será tema do 6º Congresso Mundial da Indústria da Telenovela e Ficção.
O evento, criado em 2003 nos Estados Unidos, será realizado pela primeira vez na América do Sul, na Argentina, nesta quarta e quinta-feira. Mauro Alencar participa do congresso com o tema "Remakes: A Telenovela na Era da Globalização", que aborda as boas histórias criadas na década 60, tempo em que a produção televisiva ainda era pouco especializada. (LM)


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