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memória
"Jeito brasileiro" foi iniciado por "Beto Rockfeller"
DA REPORTAGEM LOCAL
Já faz 40 anos que foi
criado o "jeito brasileiro"
de fazer novelas, como define o doutor em teledramaturgia Mauro Alencar.
Em novembro de 1968
entrou no ar na TV Tupi
"Beto Rockfeller", que
rompia com a tradição inspirada em Cuba de produzir histórias mirabolantes
e desconectadas da realidade contemporânea.
Escrita por Bráulio Pedroso a partir de sinopse
de Cassiano Gabus Mendes, a história era protagonizada por Luiz Gustavo,
com diálogos coloquiais e
conflitos do cotidiano.
Foi inovadora, lembra
Alencar, entre outras razões, por dar espaço à improvisação dos atores nas
gravações, ter criado o
merchandising e não restringir as cenas aos estúdios e as levar às ruas e a
outros ambientes.
Os autores de "Pantanal
- A Reinvenção da Telenovela", Arlindo Machado e
Beatriz Becker, também
citam "Beto Rockfeller"
como inovadora por conceber "personagens mais
convincentes, diálogos
mais próximos da fala cotidiana e situações mais
condizentes com a realidade vivida pelo povo",
além de ter introduzido a
figura do "anti-herói".
Indústria
Em tempos de reality
shows e exportação de formatos, a telenovela será
tema do 6º Congresso
Mundial da Indústria da
Telenovela e Ficção.
O evento, criado em
2003 nos Estados Unidos,
será realizado pela primeira vez na América do Sul,
na Argentina, nesta quarta
e quinta-feira. Mauro
Alencar participa do congresso com o tema "Remakes: A Telenovela na Era
da Globalização", que
aborda as boas histórias
criadas na década 60, tempo em que a produção televisiva ainda era pouco especializada.
(LM)
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