|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Prêmio da Secretaria da Cultura muda de valor após reunião do júri
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
No concurso de apoio ao cinema realizado pela Secretaria de
Estado da Cultura de SP, alguns
prêmios diminuíram, após terem
seus valores indicados em ata.
"Onde Andará Dulce Veiga?",
de Guilherme de Almeida Prado,
"O Poeta da Vila", de Ricardo Van
Steen, e "Querô", de Carlos Cortez, receberiam R$ 300 mil cada
um, segundo decisão da comissão
julgadora da categoria finalização, expressa em ata de 7/12.
A homologação do concurso
feita pela secretaria indica que o
prêmio desses títulos foi reduzido
a R$ 100 mil para cada um.
A secretaria diz que, "por motivo das premiações [desses filmes]
no concurso de fomento à produção da Ancine (Agência Nacional
do Cinema), publicado no "Diário
Oficial" de 7/12 [dia da reunião do
júri estadual] ficou decidido pela
comissão que estes projetos receberiam o aporte de R$ 100 mil".
Segundo a secretaria, a decisão
"tomada após a lavratura da ata,
foi registrada em correspondência eletrônica por todos os membros da comissão".
Não foi a primeira alteração numa definição do júri da disputa. A
comissão de seleção de projetos
de produção alterou suas definições (tomadas em 6/12), em reunião extraordinária convocada
pelo secretário de Cultura, João
Batista de Andrade, em 14/12.
No encontro com o secretário,
determinou-se a inclusão do projeto "Infância Roubada", de Bruno Barreto, entre os vencedores.
O filme não figurava como premiado na ata da reunião anterior.
Também foi decidida a transformação dos suplentes em titulares.
Eram eles: "Cão Sem Dono" (Beto
Brant), "Lucineide Falsa Loira"
(Carlos Reichenbach), "O Drama
das Secas" (Rodolpho Nanni),
"Lutas" (Luiz Bolognesi), "O Passado" (Hector Babenco).
A reunião acertou ainda que
eventuais verbas obtidas para o
programa além dos R$ 6,5 milhões previstos em seu edital irão
prioritariamente para os projetos
de produção antes definidos como suplentes, que passaram a ser
denominados "Faixa 2", na qual
incluiu-se o filme de Barreto.
Os prêmios anunciados anteontem pela secretaria atingem R$ 7,4
milhões nas três categorias (produção, finalização e comercialização). Andrade afirmou à Folha,
na segunda, que contava com R$
8,1 milhões para a premiação.
"Esse valor, de R$ 8,1 milhões,
correspondia a uma estimativa,
que pode até ser superada ao término do processo de captação de
recursos", afirma a secretaria.
O dinheiro vem de empresas estatais e privadas por meio das leis
de renúncia fiscal, que autorizam
o uso de parte do IR (Imposto de
Renda) em projetos culturais.
Texto Anterior: Política cultural: Pinacoteca ganha administração autônoma Próximo Texto: Panorâmica - Literatura: Escritor turco é multado por "insulto ao Estado" Índice
|